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23 DE MARÇO DE 2013

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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Cinco vezes mais! Eu repito: desde a previsão inicial até ao resultado

final, a diferença foi de cinco vezes mais!

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Isso é obra!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, o seu objetivo inicial e do Governo para 2012 era o

de atingir uma meta de 4,5%. Pergunto-lhe: se a nossa margem de erro, a nossa margem de «falhanço», na

linguagem do Partido Socialista, fosse de cinco vezes mais, como foi, repito, no tempo de António José Seguro

e de José Sócrates, o défice de 2012 seria de 22,5%!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Exatamente!

Protestos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Se a margem fosse a mesma, o défice era de 22,5%, Sr. Primeiro-

Ministro!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — É verdade. Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Quantos resgates eram precisos para recuperar este défice?

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Matemática pura!

Protestos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Quantos anos de troica eram precisos para recuperar este défice?

Quantos salários tinham de ser cortados para recuperar este défice? Quantos milhões de desempregados

teríamos com um défice desta dimensão?

Sr. Primeiro-Ministro, sabe, esta moção de censura do Partido Socialista vem vários anos atrasada. Tinha

sido útil em 2009 e em 2010, mas agora está claramente fora do prazo de validade!

Aplausos do PSD.

O Secretário-Geral do Partido Socialista está convencido de que chutou à baliza e marcou um golo. De

facto, chutou e marcou. Só que chutou e marcou um golo na sua própria baliza, Sr. Primeiro-Ministro!

Protestos do PS.

Esta moção de censura não é apresentada a pensar nas pessoas. Esta moção de censura não resolve o

grave problema que temos no desemprego, nos desequilíbrios de Portugal. Não! Esta moção de censura não

é construtiva, não é patriótica, não ajuda Portugal! Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, repito, nós vamos chumbá-la

neste Parlamento, com toda a convicção!

Aplausos do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, em Portugal, é de facto tempo para dizermos «basta»!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Tem razão!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Basta de tanta demagogia! Basta de tanto taticismo partidário! Basta de

políticos que não são capazes de pôr o País à frente dos seus projetos pessoais!