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18 DE ABRIL DE 2013

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taxa de desemprego: depois de todo o ataque aos direitos dos trabalhadores, vemos que o Governo consegue

ter como medalha na lapela a maior taxa de desemprego de sempre da democracia portuguesa.

Ora, esta é a realidade concreta de um Governo que não tem soluções, que só tem problemas, porque vive

no fanatismo ideológico da austeridade e numa subserviência total à troica. Ora quem serve a troica não serve

o País, e isso está claro com esta política. Por isso, se este Governo não serve o País, só tem um caminho,

que é o caminho da rua, o caminho das eleições, para que as pessoas possam perceber aquilo que este

Governo tinha na manga e que não apresentou nas eleições, bem como o desvio colossal, quer nas políticas

quer nas metas, dos resultados que está a apresentar.

Por isso, Sr. Deputado, acompanho-o na tónica principal da sua intervenção: sem eleições, vamos

continuar a atrasar as soluções para o País. E porque o País não tem mais tempo para adiar soluções, não

podemos passar sem eleições.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, do PSD, para pedir

esclarecimentos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, acompanhei a

intervenção que fez da tribuna e considero curioso que o Bloco de Esquerda continue no mesmo diapasão,

assinando sempre o mesmo discurso. E esse discurso leva-me a perguntar-lhe porque é que o Sr. Deputado

consegue hoje achar surpreendente que haja necessidade de corresponder à decisão do Tribunal

Constitucional.

O Sr. Primeiro-Ministro e os Deputados desta maioria nunca negaram que, havendo uma decisão do

Tribunal Constitucional que colocasse em causa a execução orçamental deste ano, era preciso encontrar

alternativas.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Quem achava que com um passo de mágica tudo se resolvia eram o

Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Socialista. Desta bancada e do Governo nunca

ouviu vender ilusões, ouviu sempre um discurso de verdade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Deputado Pedro Filipe Soares também aqui fez hoje um exercício que considero curioso, um

exercício político, de pura política, procurando levar o Partido Socialista para o colo (se me permite a

expressão) do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português.

Na verdade, não é novidade este apelo que hoje se conhece e se discute para que o Partido Socialista se

sente à mesa com o Governo, se sente à mesa com os Deputados das bancadas da maioria para encontrar

soluções para os problemas do País — os debates quinzenais e a comissão para a reforma do Estado são

disso exemplo. Foram várias as vezes em que esta maioria procurou chamar os Deputados do Partido

Socialista e o Partido Socialista, como partido de responsabilidade, como partido de construção democrática,

como partido de solução de governação, para resolver os problemas do País.

Esse é um desafio que voltamos a lançar. Percebo que as causas do Bloco de Esquerda precisem de

aliados. Até acho que houve uma certa deriva do Partido Socialista, a determinado momento, em se querer

colar um bocadinho ao discurso da esquerda radical.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Este Governo é que é radical!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Felizmente, parece que hoje voltamos ao caminho do consenso.

Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, deixo-lhe uma pergunta.