16 DE MAIO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Srs. Jornalistas, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 3 minutos.
Os Srs. Agentes da autoridade podem abrir as galerias.
Antes de darmos início à ordem do dia, peço ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, o favor de ler o
expediente.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: projetos de lei n.os
410/XII (2.ª) — Terceira alteração ao
Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de julho, permitindo o reembolso do valor de planos de poupança para
pagamento de prestações e para amortização de contratos de crédito à habitação (PCP), que baixa à 5.ª
Comissão, 411/XII (2.ª) — Garante as condições materiais e humanas para o cumprimento efetivo do papel
das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (PCP), que baixa à 10.ª Comissão, e 412/XII (2.ª) — Alarga
as famílias com capacidade de adoção, alterando a Lei n.º 9/2010, de 31 de maio, e a Lei n.º 7/2001, de 11 de
maio (Os Verdes); e projetos de resolução n.os
711/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo um conjunto de
orientações visando assegurar a preservação de Alter do Chão como polo estratégico da equinicultura
nacional, na sequência da aprovação da decisão de extinção da Fundação Alter Real (PS), que baixa à 7.ª
Comissão, 712/XII (2.ª) — Alargamento da consagração da «classe 5» de portagens às ex-SCUT (PCP),
713/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo a extinção do Arsenal do Alfeite, SA, e o seu retorno à Orgânica da
Marinha (BE), 714/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo a suspensão do processo de privatização dos CTT,
manutenção da empresa no Estado e o reforço das suas competências (BE), que baixa à 6.ª Comissão, e
715/XII (2.ª) — Adoção pela Assembleia da República das iniciativas europeias consideradas prioritárias para
efeito de escrutínio, no âmbito do Programa de Trabalho da Comissão Europeia para 2013 (Comissão de
Assuntos Europeus).
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, passamos ao primeiro ponto da ordem do dia, de que consta o
debate de atualidade, requerido pelo PS, ao abrigo do artigo 72.º do Regimento, acerca da taxa de
sustentabilidade sobre as reformas.
Sendo o debate de marcação do Partido Socialista, o mesmo é aberto, nos termos do Regimento, pelo
grupo parlamentar que fixou o tema. Assim, tem a palavra, pelo Partido Socialista, o Sr. Deputado Carlos
Zorrinho.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Este
debate de atualidade foi marcado em nome da confiança que não podia ter sido quebrada entre o Estado e os
cidadãos.
Há uma pergunta que tem de ser feita e respondida, hoje e aqui. Essa pergunta, Sr. Ministro, é a seguinte:
a taxa de sustentabilidade sobre as reformas dos portugueses é uma encenação de mau gosto ou uma
realidade trágica?
Qualquer resposta dúbia ou inconclusiva mais não fará do que confirmar o pior cenário.
Aplausos do PS.
Sr. Ministro, Srs. Membros do Governo: A dignidade dos portugueses não é facultativa. É preciso dizermos
que o sistema público de segurança social é o maior e o mais duradouro contrato de confiança entre o Estado
e os cidadãos. Destruir esse capital de confiança, como este Governo está a fazer, é promover a evasão, a
desresponsabilização, o individualismo e o empobrecimento.
O Sr. António Braga (PS): — Muito bem!