16 DE MAIO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Para intervir pelo Governo, ainda na fase de abertura do debate, tem a palavra o Sr.
Ministro da Solidariedade e da Segurança Social.
Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social (Pedro Mota Soares): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e
Srs. Deputados: Num momento de soberania transitoriamente restringida, de estreita margem de manobra,
este Governo tem vindo a traçar linhas e prioridades que define de forma intransigente.
Não foi uma opção deste Governo que as reformas acima de um certo montante não progridam. Está
escrito Memorando com a troica, que o Estado tem de o cumprir.
Mas foi uma prioridade e uma opção deste Governo aumentar as pensões mínimas, sociais e rurais em
4,2%,…
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
… o que se traduz num ganho de 140 € anuais para 1,1 milhões de portugueses. Pensões que fizeram
parte de um congelamento cego, que abrangeu mais de 3 milhões de portugueses, decidido pelo anterior
Governo do Partido Socialista.
Por contraste, em apenas dois anos do Governo PSD/CDS, em pleno período de assistência financeira, o
aumento do poder de compra de mais de 1 milhão de portugueses foi superior ao dos seis anos da
governação socialista.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Partido Socialista congelou pensões mínimas, não por obrigação internacional mas por uma opção
soberana do seu Governo.
Por isso, não encontro a legitimidade política do Partido Socialista para confrontar o Governo desta forma.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Toda! Toda!
O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social: — Sr.as
e Srs. Deputados: Nas difíceis medidas
que nos são impostas, este Governo teve sempre o cuidado de salvaguardar os que estão mais expostos à
crise, aqueles que têm maiores dificuldades, teve sempre uma preocupação: acautelar e salvaguardar os
portugueses de menores rendimentos.
Por isso, 1,8 milhões de pensionistas, cerca de 90% dos pensionistas da segurança social, nunca foram
afetados pela suspensão total, ou sequer parcial, de subsídios.
E também por isso, mais de 2,6 milhões de contribuintes com rendimentos mais baixos ficaram isentos da
sobretaxa e das alterações introduzidas no IRS. Do universo de pensionistas da segurança social, 86,4% da
sua totalidade ficaram isentos de uma sobretaxa e de quaisquer alterações introduzidas em sede de IRS.
Sr.as
e Srs. Deputados: A situação do País é grave, requer o empenho de todos e uma coesão reforçada. O
envolvimento dos parceiros sociais nas medidas a tomar, a promoção do diálogo social e a construção de uma
resposta de combate ao desemprego, promotora de postos de trabalho e incentivadora da economia, deve ser
uma prioridade, deve envolver o contributo de todos.
A situação do País não é compatível com a ausência de qualquer sugestão, com a ausência de qualquer
proposta da oposição. Mas também não é compatível com o rasgar do Memorando de Entendimento, que
poria em causa todo o esforço feito pelos portugueses até ao presente momento.
Sr.as
e Srs. Deputados: Na preparação da sétima avaliação, foram equacionadas várias indicações de corte
de despesa, de forma permanente e estrutural. Entre elas, uma contribuição de sustentabilidade sobre as
reformas, que penalizaria os rendimentos.
O Governo trabalhou para conseguir, e conseguiu, que esta medida não seja uma obrigação para o Estado
português. Mais, o Governo conseguiu que esta contribuição não seja um benchmark estrutural,…
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — É ou não é?!