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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social: — … mas uma opção que o Governo pode e

quer evitar, para não vir a ser necessária.

Por isso mesmo, o compromisso que o Governo assumiu é o de fazer todos os esforços, ministério a

ministério, instituto público a instituto público, empresa pública a empresa pública, parceria público-privada a

parceria público-privada, renda excessiva do Estado a renda excessiva do Estado, verba a verba, com um

único objetivo, o do interesse público, e sem nenhuma concessão aos interesses instalados, para que esta

medida não venha a ser tomada.

Estamos profundamente empenhados em consegui-lo e estou convicto de que não o será.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Mas demite-se?!

O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social: — Por razões de justiça social, por razões de

preocupação com o impacto na vida das pessoas, mas também por razões de impacto na nossa economia.

Sr.ª Presidente, Sr. as

e Srs. Deputados, este é o compromisso que o Governo tem. Este é o compromisso

que o Governo transmitiu ao Sr. Presidente da República e que, hoje, também aqui reafirma, perante o

Parlamento.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Não há ainda inscrições na Mesa para ulteriores intervenções no debate, pelo que a

Mesa aguarda que os Srs. Deputados se inscrevam.

Pausa.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.

Deputado Carlos Zorrinho, estávamos à espera que, hoje, o Partido Socialista viesse a este debate

congratular-se com o facto de ter sido aprovada a sétima avaliação da troica.

Risos do PS.

Seria correto, seria patriótico, seria desejável, seria uma demonstração de que o Partido Socialista, como

um grande partido português, assume a responsabilidade e a coresponsabilidade de dar futuro a Portugal,

depois de ter trazido para dentro de Portugal uma troica de credores que nos tem infligido os males que se

conhecem.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Mas, não! O Grupo Parlamentar do Partido Socialista e o seu Presidente

optaram pela pequena trica política, optaram por se envolver num debate que, em boa verdade, não tem razão

de ser. Sr. Deputado, aquilo que o Governo acaba de dizer — e quero sublinhá-lo — é que há um

compromisso de que a contribuição de sustentabilidade não será aplicada e de que tudo será feito por parte do

Governo para encontrar soluções orçamentalmente alternativas para que essa medida não deva ser aplicada.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Por outro lado, Sr. Deputado, estávamos à espera que, nos tempos que correm, o Partido Socialista viesse

anunciar a sua disponibilidade para o compromisso, para o consenso, para o diálogo, que são fatores

essenciais para que Portugal possa resgatar-se da situação onde está e ter futuro. Mas, não! V. Ex.ª quis

lembrar a dor que muitos portugueses sofrem no momento atual, dor que é verdadeira e que também