3 DE OUTUBRO DE 2013
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eleitos nas eleições de domingo —, os Srs. Deputados Miguel Laranjeiro, do PS, João Oliveira, do PCP, João
Pinho de Almeida, do CDS-PP, Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, e Heloísa Apolónia, de Os Verdes,
a quem o Sr. Deputado Sérgio Humberto pretende responder conjuntamente.
Tem, então, a palavra o Sr. Deputado Miguel Laranjeiro.
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, antes de mais, queria cumprimentar
todos os candidatos que se apresentaram nas eleições de domingo, com especial referência aos Deputados
que também tiveram esse desiderato, nas pessoas dos meus colegas de bancada Basílio Horta, José
Junqueiro, Ricardo Rodrigues, Rui Santos, Idália Serrão, que travaram combates importantes nos seus
municípios.
Aplausos do PS.
E cumprimento-o também, obviamente, Sr. Deputado Sérgio Humberto.
Sr. Deputado, alguns partidos podem ter tido algumas vitórias, aliás, já vimos aqui o Sr. Deputado Hélder
Amaral cantar vitória muito à custa do PSD.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — À custa do PSD?!
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Enfim, muitos podem cantar vitória, mas uma coisa é inequívoca: a vitória
histórica do Partido Socialista, com maior número de votos, com maior número de mandatos, com maior
número de freguesias e com maior número de câmaras municipais — 150.
Sr. Deputado Sérgio Humberto, a intervenção que fez da tribuna poderíamos repeti-la 150 vezes.
Poderíamos repeti-la 150 vezes! Creio que não ter ouvido a declaração do líder do PSD assumindo a derrota
absoluta do PSD nas eleições do passado domingo.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — O Partido Socialista passa a liderar a Associação Nacional de Municípios
Portugueses; o Partido Socialista passa a liderar a Associação Nacional de Freguesias; vencemos em 11
concelhos pela primeira vez.
Com a humildade democrática que devemos ter nestes momentos, especialmente em momentos de vitória,
deixe-me dizer-lhe que esta vitória é também uma derrota significativa das políticas da coligação PSD/CDS-
PP, embora o CDS-PP tente sempre afastar-se, mas esse é um problema da coligação.
Protestos do CDS-PP.
Significa a derrota das políticas de austeridade, a derrota das políticas dos cortes e de um Governo que
virou as costas aos portugueses. Os senhores sabem que isto é verdade! Aliás, o PP pensa que venceu as
eleições à custa do PSD.
Por outro lado, e mais importante, demonstra uma confiança acrescida nas bases, nos projetos e na
liderança do Partido Socialista. O Partido Socialista reforçou a sua ligação com o País, com os portugueses. E
é um novo ciclo de esperança que se abre neste momento, com estas eleições e com aquilo que os
portugueses disseram no passado domingo.
É altura de o Governo olhar também para aquilo que aconteceu. Sabemos que o Governo está alheado dos
portugueses e daquilo que está a passar-se no País. E não aprendem!…
O Primeiro-Ministro, embora assuma a derrota estrondosa que teve o PSD nas eleições autárquicas, vem
dizer que vai tudo continuar na mesma. E o que é continuar na mesma? É mais desemprego, mais falências,
mais emigração, nomeadamente dos nossos jovens, mais cortes nas pensões,…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.