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I SÉRIE — NÚMERO 15

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Silva Pereira (PS): — Vem agora o Sr. Deputado falar das gerações vindouras?!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sim, sim!

O Sr. Pedro Silva Pereira (PS): — Sr. Deputado, as gerações vindouras estão longe, a emigrar, por

recomendação do seu Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília

Meireles.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Com alguma serenidade, depois destes momentos de exaltação,…

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Não são de exaltação, são de verdade!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … e porque, de facto, ouvimos o Sr. Deputado Silva Pereira dizer que

os portugueses não esquecem, quero dizer ao Sr. Deputado, ex-Ministro, que creio que, de facto, os

portugueses não esquecem. Os portugueses não esquecem aquele que é o maior falhanço que uma

governação pode ter, que é o de pôr Portugal a ter de passar pela humilhação de, para decidir qual o seu

défice e qual o seu Orçamento, ter de negociar com credores internacionais, porque deixou de ser soberano,

deixou de ter independência para se financiar nos mercados internacionais.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Esse é o maior falhanço, a maior burla que uma governação pode cometer! Esse é o verdadeiro falhanço!

Mas, já que falamos em falhanços e em burlas, é bom percebermos porque é que isto aconteceu. Isto

aconteceu precisamente porque nenhum dos seus Governos foi capaz de ter um saldo primário positivo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Nenhum dos seus Governos foi capaz de deixar de colocar despesa

pública nas empresas, nenhum dos seus Governos foi capaz de deixar de passar a despesa pública para os

nossos filhos e para os nossos netos através de parcerias público-privadas (PPP) para não aparecer no défice,

para terem os votos agora e alguém vir depois pagar a conta.

Vozes do CDS-PP: — É verdade!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Isso é a burla máxima que alguém pode fazer, e certamente que isso

os portugueses não esquecerão.

Sabe por que é que não esquecerão, Sr. Deputado? Porque até os netos deles hão de pagar a conta das

promessas que os senhores andaram a fazer e das obras que andaram a inaugurar!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PS.

Isso é a verdadeira burla!