2 DE NOVEMBRO DE 2013
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS.
E nunca, em Portugal, foi obrigatório no 1.º ciclo.
Mas é verdade que o Inglês passou a ser obrigatório, por força da ação deste Governo, em cinco anos
consecutivos. E é isso que está hoje em vigor, por força da ação deste Governo e não por qualquer ação do
Partido Socialista.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A segunda nota que gostara de deixar, Sr.as
e Srs. Deputados, é a seguinte: este Governo e esta maioria
vão continuar a pagar as faturas que nos foram legadas pelos Governos anteriores.
Foi isso que fizemos na saúde — 1975 milhões de euros pagos de dívidas que herdámos —, foi isso que
fizemos com o programa de apoio à economia local e foi isso que tentámos evitar para o futuro com a lei dos
compromissos e dos pagamentos do Estado, contra a qual os senhores estiveram.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Srs. Deputados, se há conclusão que se pode tirar deste debate é a seguinte: houve um Governo do
Partido Socialista que viveu na ilusão, que gastou o dinheiro que tinha e o que não tinha, que aumentou a
dívida e o défice e que conduziu o País para a bancarrota.
E há hoje um Governo do PSD e do CDS-PP que encara os problemas de frente, que inverteu o caminho
com realismo e que está a salvar o País da bancarrota.
E, Srs. Deputados, este Governo não está só a salvar o País da bancarrota socialista, está a prevenir o
futuro, está a desafiar o País para o desígnio nacional que é nunca mais termos de passar pela humilhação de
abdicar da nossa soberania para termos dinheiro para assegurar o funcionamento do Estado.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Este Orçamento e as reformas que lhe estão associadas são, de facto,
uma luz de esperança para o nosso futuro. Esperança, porque se vislumbra a saída da troica; esperança,
porque, apesar de difícil e exigente, é um Orçamento realista; esperança, porque não pedimos à sociedade
mais impostos para cumprirmos as metas orçamentais; esperança, porque se prevê o crescimento da
economia e se estimula o investimento; e, finalmente, Srs. Deputados, esperança, porque se procura a justiça
e a equidade social.
Muitos se interrogarão como é possível falar de esperança com impostos tão altos, com reduções salariais
ou acertos nas pensões. Outros pensarão como é possível falar de esperança quando se pedem tantos
sacrifícios, tantos esforços, quando o desemprego é tão elevado.
Temos a humildade de perceber essas interrogações, mas permitam-me que vos dê um exemplo da vida
real para responder a essas inquietações. Pensemos numa empresa das muitas que se confrontaram com
este dilema nos últimos anos: uma empresa que viu os seus custos de funcionamento a aumentar; que fez
investimentos, que contratou mais trabalhadores, que recorreu a financiamento e se endividou e que
enfrentou, ao mesmo tempo, as dificuldades do mercado.
O que trouxe mais esperança a essa empresa, a esse empresário e a esses trabalhadores? Fazer de conta
de que nada se passava, continuar a pedir dinheiro para suprir essas dificuldades, manter tudo na mesma e
acabar falida? Ou, como muitos fizeram, reestruturar o seu funcionamento, reduzir custos, eventualmente
pedir alguns sacrifícios aos seus trabalhadores,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Eventualmente?