30 DE NOVEMBRO DE 2013
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à violência doméstica, a ratificação, em 2013, da Convenção de Istambul, bem como a implementação e
execução de quatro planos nacionais contra a violência doméstica, com importantes ações ao nível da
consciencialização, responsabilização e monitorização, o certo é que este fenómeno persiste em níveis
elevados, o que exige que todos e todas nós nos unamos em torno de um compromisso político cada vez mais
eficaz na erradicação de todo o tipo de violência contra as mulheres».
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 158/XII (3.ª), que acabou de
ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos à votação do voto n.º 159/XII (3.ª) — De saudação pela celebração do acordo nuclear com o
Irão (PS), que vai ser lido pelo Sr. Secretário Jorge Fão.
O Sr. Secretário (Jorge Fão): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Na madrugada do passado domingo, 24 de novembro, em Genebra, e após quatro dias de intensas
conversações, foi anunciado ao mundo que este se encontrava mais seguro, pois os Estados Unidos, a
Rússia, a China, o Reino Unido, a França e a Alemanha (Grupo 5+1), por um lado, e o Irão, por outro, tinham
concluído um acordo histórico que suspende pelo período de seis meses o programa nuclear iraniano.
O histórico acordo de Genebra cria condições para um mundo mais seguro e abre uma nova esperança
para a estabilização do Médio Oriente e o desanuviamento das relações internacionais, pois é a primeira vez
que, na última década, há sinais muito positivos relativamente a uma matéria tão delicada como a que tem a
ver com a produção nuclear com fins militares. Com este acordo, é também uma década de tensão
permanente e de desconfiança entre nações que começa a ficar para trás.
No âmbito do acordo alcançado, o Governo iraniano compromete-se a parar o enriquecimento de urânio e
a fazer apenas o necessário para o seu uso civil, a não expandir as centrais nucleares de Fordo e Natanz,
bem como a parar a construção da central de Arak, para a qual se projetava a produção de plutónio. Por outro
lado, o Irão permite também a implementação de mecanismos de controlo sem precedentes, designadamente
acessos diários e verificação de todas as instalações nucleares do país, entregando à Agência Internacional
de Energia Atómica o controlo total do seu programa nuclear.
As grandes potências mundiais, por seu turno, comprometeram-se a diminuir parcialmente as sanções
económicas vigentes contra o Irão, permitindo-lhe, designadamente, voltar a usar as receitas resultantes da
venda do seu petróleo, e a eliminar as restrições impostas em matéria de comércio em ouro, produtos
petroquímicos e de peças para a indústria automóvel e aeronáutica.
Neste contexto de evolução da doutrina nuclear iraniana e do levantamento de sanções pelo Grupo 5+1, a
Assembleia da República, reunida em Plenário, saúda o acordo preliminar ora alcançado e faz votos de que as
armas da diplomacia continuem a desbravar os caminhos da paz, permitindo, assim, que o mundo se liberte
progressivamente da ameaça nuclear.
A Sr.ª Presidente: — Vamos, então, votar o voto n.º 159/XII (3.ª), que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP, do PCP, do BE e de Os
Verdes e a abstenção do Deputado do CDS-PP João Rebelo.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Peço a palavra, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Faça favor.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presidente, é para informar que apresentarei, a título pessoal,
uma declaração de voto relativamente à votação que acaba de ser efetuada.
A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.