28 DE FEVEREIRO DE 2014
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A minha pergunta é se, de facto, esta é a última pancada com a qual o PSD se comprometeu neste
Congresso e que vai ser o caminho e a rota das políticas deste Governo.
Aplausos do BE.
O Sr. Miguel Santos (PSD): — A senhora é que tem uma pancada!
A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Lobo d'Ávila.
O Sr. Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José de Matos Rosa, gostaria de
começar por cumprimentá-lo e por felicitar o Partido Social Democrata pela realização do seu Congresso. Foi
um Congresso com vivacidade, que acompanhámos estando presentes ao mais alto nível na sessão de
abertura, com o líder parlamentar do CDS, e no encerramento, com uma delegação composta pelo presidente,
por três vice-presidentes e pelo secretário-geral do CDS.
Este Congresso, à semelhança do Congresso do CDS, realizou-se no início do ano de 2014, um ano
extremamente importante para os portugueses, por ser o ano do fim da troica e o ano em que se inicia uma
nova esperança para todos os portugueses,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Era bom, era!
O Sr. Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP): — … num caminho difícil que temos feito em conjunto, mas que,
como foi referido pelo Sr. Primeiro-Ministro e pelo Sr. Vice Primeiro-Ministro é uma coligação que fará com que
esta Legislatura chegue ao fim com a troica fora de Portugal.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP): — Sr. Deputado José de Matos Rosa, o pedido de esclarecimento
que lhe queria deixar é no sentido de saber se não acha curioso que dois partidos diferentes, com histórias
diferentes, com posições, sabemos nós, diferentes em diferentes temas, em coligação, tenham conseguido
chegar a um entendimento quanto aos cabeças de lista nas próximas eleições para o Parlamento Europeu —
Paulo Rangel, pelo PSD, e Nuno Teixeira de Melo, pelo CDS-PP.
Não lhe parece curioso que isto tenha acontecido com a naturalidade com que aconteceu, ao contrário de
outros casos, como sucedeu com o Partido Socialista, que, a reboque, à pressa e de forma «curtinha», como
disse a Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendonça, antecipando calendários que aparentemente tinham sido
escritos e ditos pelo próprio secretário-geral, não lhe parece curioso que tenha sido necessário vir apresentar à
pressa um cabeça de lista. Não considera que este é um sinal que devemos estranhar da parte do Partido
Socialista? Ou deste Partido Socialista já não devemos estranhar nada?
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.
O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José de Matos Rosa, antes de
mais, gostaria de saudar o PSD pelo Congresso que realizou e de dizer que ouvi com atenção a sua
intervenção e que também fui acompanhando os trabalhos do Congresso.
Diz o Sr. Deputado que o Congresso do PSD esteve mais preocupado com o País e menos preocupado
com o partido. Não parece, Sr. Deputado. E tanto não parece que o Sr. Primeiro-Ministro, Pedro Passos
Coelho, sentiu necessidade de dizer, até procurando convencer disso os congressistas, que o PSD continua a
ser um partido social-democrata.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É verdade!