8 DE MARÇO DE 2014
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O Sr. Jorge Machado (PCP): — Ai não?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — E estima-se, segundo os estudos feitos aquando do cálculo deste fator de
modelação, que somente por volta de 2029 se atingirá a idade de 67 anos para efeitos de reforma.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Então, serve para quê?!
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Vou concluir, Sr.ª Presidente.
Portanto, se os senhores não concordam com esta reforma, que, repito, não é só nossa, mas é imperativa
e está a ser seguida um pouco por toda a Europa, digam-me qual é o modelo que propõem e que assegure,
ao mesmo tempo, as reformas dos pensionistas e a sua sustentabilidade futura.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Andreia Neto.
A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da
Igualdade, Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Sr.as
e Srs. Deputados: O PCP traz
para a nossa discussão a apreciação parlamentar relativa ao Decreto-Lei que altera o regime jurídico de
proteção social nas eventualidades de invalidez e velhice do regime geral da segurança social.
Sr.as
e Srs. Deputados, estas alterações não foram um tema fácil. Mas, mais uma vez, o Partido Comunista
Português prefere enterrar a cabeça na areia e fazer de conta que vivemos no país das maravilhas.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. João Oliveira (PCP): — O Américo Amorim também diz isso!
A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — É uma matéria difícil, complexa. E não foi uma medida popular, mas antes
uma medida necessária.
Foi uma medida necessária, porque não agir implicaria hipotecar todo o sistema público de pensões, bem
como o futuro dos portugueses, e, aí sim, estaríamos a condenar os sistemas sociais e a desproteger os
cidadãos atuais e os futuros pensionistas; necessária, porque todos pretendemos que o sistema de pensões
em Portugal seja financeiramente sustentável; necessária, porque o facto de termos um sistema sustentável
dá confiança aos atuais pensionistas e às futuras gerações, tornando o sistema ajustado às possibilidades
reais e previsionais do País e à expectativa de vida das pessoas.
Mas, mais uma vez, o PCP mede a sua intervenção pela quantidade das tiradas populistas, e não pela
verdade e pelas exigências sérias que vivemos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa intervenção é zero!
A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — Nós preferimos pagar o preço da verdade, fazendo o que tem de ser feito.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mais uma frase feita!
A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — Sr.as
e Srs. Deputados: Considerando que o que esteve na origem destas
alterações são factos concretos, considerando a situação demográfica do País, que se traduz por um aumento
da esperança média de vida e por um decréscimo da natalidade, e considerando a ligação dos dados da