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I SÉRIE — NÚMERO 93

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de ler melhor a realidade eleitoral, a realidade partidária. É este aspeto que queria sublinhar, Sr. Deputado

Pedro Filipe Soares.

Quero dizer-lhe também, Sr. Deputado — e desta forma respondo igualmente ao Sr. Deputado António

Filipe —, que as declarações da Sr.ª Deputada do PSD, aqui exaustivamente referidas, são perigosas e

preocupantes. Mais perigosas e mais preocupantes, Sr. Deputado António Filipe, quando vemos o silêncio

comprometedor do PSD e do CDS.

O Sr. José Magalhães (PS): — Ora aí está! Exatamente!

O Sr. António Braga (PS): — É que, como eu dizia há pouco, a questão não se prende com nenhum caso

pessoal, a questão prende-se com o facto de não ser sequer uma opinião relativamente à decisão do Tribunal

Constitucional. A questão é que se trata de uma alta dirigente do PSD que vem fazer críticas quanto a

honorabilidade dos juízes do Tribunal Constitucional e, muito mais do que isso, vem pôr em crise a própria

indicação dos juízes do Tribunal Constitucional, declarando publicamente, de forma assustadora, que, na sua

ideia, havia uma espécie de contrato, uma espécie de avença entre o juiz indicado pela maioria e pelo PSD e o

Governo.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Que repudiamos!

O Sr. António Braga (PS): — Quero dizer, Sr. Deputado António Filipe e Sr. Deputado Pedro Filipe

Soares, que repudiamos em absoluto declarações dessa natureza.

O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem!

O Sr. António Braga (PS): — Isso não colide, bem pelo contrário, com o facto de podermos todos ter

opinião quanto às decisões do Tribunal Constitucional, e, mais ou menos fundamentadas, poder exprimi-las. O

que repudiamos e censuramos é a natureza destas declarações, que não são desmentidas em nenhum

momento deste debate, aqui, hoje, nem se vislumbra nenhuma posição pública do PSD,…

O Sr. José Magalhães (PS): — Impressionante!

O Sr. António Braga (PS): — … separando-se destas declarações, que são um atentado ao Estado de

direito democrático, colocando em crise a natureza do Tribunal Constitucional e a honorabilidade dos seus

juízes.

Relativamente à matéria da moção de censura do PCP, Sr. Deputados, gostaria de dizer que a

acompanhámos, divergindo quanto aos seus considerandos, como, aliás, tivemos ocasião de anunciar, mas

mantivemos sempre a coerência numa coisa, na ideia da renegociação da dívida, Sr. Deputado Nuno

Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Renegociação da dívida?

O Sr. António Braga (PS): — E a renegociação da dívida, evidentemente, só pode ser com os credores.

Aplausos do PS.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Olhe que não! Olhe que não!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Vamos prosseguir com a próxima declaração política.

Em nome do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A Comissão de Agricultura e

Mar fez hoje uma deslocação à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, e, para satisfação do setor,