12 DE JUNHO DE 2014
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Mas temos ainda incertezas, Sr. Deputado,…
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Miguel Freitas (PS): — Termino já, Sr.ª Presidente.
Como estava a dizer, temos ainda incertezas. Quanto ao Alqueva, neste momento em que estamos a falar
(a não ser que o Sr. Deputado tenha informação que eu ainda não tenho) não sabemos como é que vai ser
apoiado o Alqueva, se vai ser apoiado através do PDR 2020, se vai ser apoiado através dos fundos de
desenvolvimento regional.
Se for apoiado por fundos regionais, grande vitória do Governo, cá estaremos para dizer isso. Se for ao
nível do desenvolvimento rural, do PDR 2020, o que vai acontecer é que vamos investir no Alqueva mas
vamos deixar Óbidos por fazer, assim como o Baixo Mondego, a Cova da Beira, a lezíria do Tejo, etc., etc.
Portanto, vamos ver o que vai acontecer. Esperamos sinceramente que se consiga investir ao nível do
desenvolvimento regional.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno
Serra, do PSD.
O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, em primeiro lugar, quero
cumprimentar o Deputado Abel Baptista pelo tema aqui trazido. É sempre bom relembrar os pontos positivos
que o Governo tem conseguido alcançar, mas, acima de tudo, é muito bom também relembrar aquilo que
orgulhosamente é feito naquela que é a minha terra e por onde sou Deputado, Santarém, e a Feira Nacional
da Agricultura.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Nuno Serra (PSD): — Quero também dizer que essa feira é, efetivamente, uma demonstração do
sucesso e da dinâmica que tem o setor agrícola em Portugal.
Não posso deixar de felicitar aqueles que trabalharam para que a agricultura tenha sucesso; aqueles que
nunca baixaram os braços, mesmo quando diziam que havia uma crise recessiva; aqueles que nunca pararam
de trabalhar para que hoje a agricultura fosse sucesso, que são os nossos agricultores, e esses merecem toda
a nossa consideração.
Aplausos do PSD e do Deputado do CDS-PP Abel Baptista.
Felizmente, na área agrícola, o sucesso é visível, e muito. Ao nível do PRODER, a forma como foi
conseguida a execução que hoje tem é um dos melhores exemplos do que este Governo tem feito para
dinamizar a agricultura, contribuir para o investimento e gerar riqueza e emprego nesta que tem sido um
exemplo de uma área exportadora.
Foi um programa que começou muito mal, começou tarde, mal desenhado e muito complexo. Nos
primeiros três anos, foi praticamente nula a execução; hoje, temos uma execução de 81% e estamos mais de
2,5% acima da média da execução da União Europeia, quando, em 2009, estávamos cerca de 11% abaixo.
Este é um dado adquirido, é um sucesso da nossa agricultura mas também é um sucesso deste Governo.
Ao nível do regime de transição, este Governo conseguiu assegurar que não houvesse encerramento de
candidaturas, para que os investidores continuassem a submeter os seus projetos.
Fica, assim, assegurado que não há nenhum hiato entre a transição de um programa para o outro, como
aconteceu no PRODER e que acabou por ser nefasto para muitas candidaturas, para muitos agricultores e,
acima de tudo, para a agricultura portuguesa.
Relativamente ao Programa de Desenvolvimento Rural, o Governo quis começar cedo e em colaboração
com todas as organizações do setor.