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I SÉRIE — NÚMERO 97

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mais prosperidade, maior bem-estar para as pessoas, oportunidades de emprego e valorização da sua vida

profissional e pessoal.

Sempre que lutámos contra a bancarrota e pelo equilíbrio orçamental, como ainda hoje lutamos, Sr.

Deputado, a nossa única preocupação foi proteger os portugueses, dar-lhes a possibilidade de sonharem que

o futuro podia ser diferente do que estes últimos anos obrigaram a ser, não estes três, em que tomámos

medidas, mas os anos que nos conduziram à situação de pré-bancarrota.

Os investimentos que o Sr. Deputado mencionou representam também uma confiança crescente no País e,

é verdade, que se têm vindo a concentrar não no litoral mas no interior. Isto não significa que só tenhamos de

induzir o investimento para o interior, mas é evidente que, dadas as assimetrias que temos, é importante que,

agora, se possa concentrar no interior.

Da mesma maneira, por exemplo, falando agora da saúde, o que há pouco mereceu um reparo da parte do

Secretário-Geral do Partido Socialista, reconhecemos que há muito a fazer na área da saúde. Mas, nos

últimos anos, o Serviço Nacional de Saúde tem conseguido prestar um serviço de qualidade aos portugueses,

com mais consultas, com menos tempo de espera nas cirurgias, com melhor atendimento, o que tem

permitido, inclusivamente, que, no interior do País, se tenham vindo a fazer investimentos importantes para

aumentar a qualidade dos cuidados prestados.

Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sabemos que isso, às vezes, desespera aqueles que, no Serviço Nacional de

Saúde, têm mais brio e apresentam melhores resultados, como foi o caso do Hospital de São João.

Sr. Deputado, como não tenho tempo para prolongar a resposta que gostaria de dar, mas esta questão

será, seguramente, suscitada pelos restantes partidos da oposição, espero, ainda, poder dizer que tenho muito

respeito pelo trabalho que o Conselho de Administração do Hospital de São João tem feito ao longo destes

anos — por isso o fomos reconduzindo sucessivamente — e espero, sinceramente, que os bons resultados

que têm prestado e a grande qualidade que têm exibido na prestação de serviços sejam exatamente o

contrário daquilo que a oposição tem dito, ou seja, a de que há uma rutura no Serviço Nacional de Saúde e

que estão em causa os cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde, quando é exatamente o contrário.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Passamos às perguntas do Bloco de Esquerda.

Tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, se é verdadeiro o que diz, isto é, que

admira o Conselho de Administração e os profissionais do Hospital de São João, do Porto, dou-lhe o conselho

de não dizer isso em simultâneo com o elogio que faz à prestação dos cuidados de saúde pelo SNS, porque,

ontem, o que 66 diretores de departamento e de serviço do Hospital de São João, do Porto nos vieram dizer

foi que a política do seu Governo, a política de saúde do Ministro Paulo Macedo está a comprometer a

qualidade dos cuidados prestados.

O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — Desafio o Sr. Primeiro-Ministro a ir ao Hospital de São João dizer isso ao

Conselho de Administração,…

O Sr. José Magalhães (PS): — Isso é que é um facto!

O Sr. João Semedo (BE): — … dizer isso aos 66 diretores e aos profissionais.

Sr. Primeiro-Ministro, se for ao Hospital de São João dizer isto, garanto-lhe que não sai de lá, vai ficar

internado, porque os profissionais pensarão que o seu estado de saúde mental não é o mais adequado às

funções de Primeiro-Ministro. É isso que lhe acontece.