I SÉRIE — NÚMERO 98
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Para terminar, Sr. Deputado João Paulo Correia, não posso deixar de fazer referência à questão das
repartições de finanças e, neste aspeto, o Deputado do CDS-Partido Popular, Nuno Magalhães, já foi muito
claro, pois referiu que os senhores defendiam o encerramento de 40% das repartições de finanças.
Mas eu vou mais longe: os senhores encerraram dezenas e dezenas de repartições de finanças, na Área
Metropolitana de Lisboa, em Aveiro, no Porto.
A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Em Oliveira de Azeméis!
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Encerram dezenas e dezenas de repartições de finanças! O Governo
não está a encerrar, está a racionalizar, está a modernizar.
A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Muito bem!
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Portugal tem um novo modelo económico sustentável assente em
contas públicas saudáveis.
Estamos a recusar um passado de fantasia que os senhores sempre defenderam e estamos
comprometidos com o futuro, com o sucesso de Portugal e dos portugueses.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do CDS-PP.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Paula Santos, cumprimento-a e
agradeço-lhe por ter trazido a debate questões relativas à saúde, que é um tema, para nós, tão caro.
É evidente que aquilo que o PCP e que a Sr.ª Deputada fazem — e já aqui se aludiu a isso — é traçar um
cenário catastrófico da saúde, e não só, em Portugal.
Portanto, daí vos convir falar, mais uma vez, dos tão já repetidos desmantelamentos, degradações,
destruições. Isso é qualquer coisa a que, lamentavelmente, do ponto de vista do vosso léxico, nos vão
habituando.
Partilhando preocupações com a saúde, não podemos concordar, de forma alguma, com esse tipo de
cenário que os senhores traçam. Queríamos recordar, como, aliás, fez o Sr. Ministro da Saúde, esta manhã,
na Comissão, que não estamos a falar de um cenário idílico na saúde, estamos a falar, com grande realismo,
de uma situação em que existe problemas, sempre existiram, mas queremos fazer mais e melhor.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem! É verdade!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Isso não pode, de uma forma demagógica e, a nosso entender,
irresponsável, ser confundido com um cenário catastrófico que os senhores persistem em traçar. Aliás,
insistem em falar de cortes, falam sistematicamente de cortes. Então, vamos aos factos.
O que é certo é que, em altura de crise e dos tão propagados cortes e grandes constrangimentos, foi
possível reduzir a dívida na saúde — a dívida que capturava, determinava e ameaçava a sustentabilidade do
Serviço Nacional de Saúde — e, mais, aumentar o financiamento do Serviço Nacional de Saúde, coisa que
não acontecia nos últimos anos.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Em tempo de crise e de cortes, a que os senhores aludem, foi
possível ter mais de 5800 milhões de portugueses isentos de taxas moderadoras.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!