27 DE JUNHO DE 2014
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Neste contexto, a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, para
além de estimular a mudanças de atitude e de comportamento na sociedade mundial, dá ênfase especial ao
papel central da educação na busca comum pelo desenvolvimento sustentável, através de parcerias que
procuram reunir uma grande diversidade de interesses e preocupações como um instrumento de mobilização,
difusão e informação destes princípios.
Assim, a educação para o desenvolvimento sustentável deve ser uma realidade concreta para todos nós —
indivíduos, organizações, governos —, em todas as nossas decisões diárias e ações, de modo a deixarmos
como legado um planeta sustentável e um mundo mais seguro.
Para isso, muitas são as ações que têm sido desenvolvidas pelo Estado português, com vista à promoção
da educação ambiental como veículo estratégico da formação e sensibilização dos cidadãos para o ambiente
e para o desenvolvimento sustentável.
O acesso à informação e à participação pública nos processos de decisão em matéria de ambiente e de
desenvolvimento sustentável, facilitando as interações que devem ser estabelecidas entre os cidadãos e as
entidades públicas, assim como programas e currículos escolares em que a temática da educação para o
desenvolvimento sustentável seja tratado de um modo transversal nas várias matérias e níveis de
aprendizagens são elementos considerados determinantes por este Governo para a generalização das
atitudes e práticas de cidadania na sociedade e colocados em prática em todo o País de uma forma
continuada e progressivamente consolidada ao longo dos últimos anos.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Pedro Morais Soares (CDS-PP): — São, por isso, objetivos deste Executivo políticas de educação,
práticas e investimentos canalizados para a sustentabilidade, realçando o papel central das escolas numa
educação para o desenvolvimento sustentável, na afirmação transversal e não compartimentada, de uma
educação e participação cívica para o desenvolvimento sustentável, que está em prática neste País.
Estas ações vão, assim, ao encontro das linhas orientadoras da declaração da Década das Nações Unidas
da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) e da adoção da Estratégia da União Europeia
e das Nações Unidas para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, estando o Governo empenhado
numa política de promoção ativa de educação para a sustentabilidade.
A educação para a sustentabilidade deve, assim, ser vista de uma forma transversal e aberta a toda
sociedade, corresponsabilizando as múltiplas entidades públicas e privadas, bem como as ONG (organizações
não governamentais) e outros agentes, dando a liberdade, flexibilidade e incentivo para que possam existir
múltiplas iniciativas.
Não entendemos, por isso, que este projeto traga alguma mais-valia, para além de não ir ao encontro dos
objetivos desejáveis da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-
2014).
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe
Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, começo por
dizer que saudamos o Partido Ecologista «Os Verdes» por terem apresentado a iniciativa em discussão, pois
acreditamos que ela é importante e que, de facto, merece da sociedade e para a sociedade uma reflexão
relevante.
Termos uma educação para o desenvolvimento sustentável não se esgota, como o próprio projeto de
resolução refere, numa educação ambiental. Há ainda alguns aspetos de melhoria que poderiam ser levados a
cabo, mas a educação ambiental já tem sido levada por diante nas escolas — e esse é um dos espaços para
tal — e em todos os ambientes educativos.