8 DE AGOSTO DE 2014
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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, é para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos
trabalhos.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, é para deixar claro que, no que respeita à História, está
no arquivo parlamentar a votação do Bloco de Esquerda sobre a lei que nacionalizava o BPN, e o Bloco de
Esquerda votou contra essa lei.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — O Sr. Deputado Luís Montenegro pediu a palavra para que efeito?
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, apenas por 5 segundos e para o mesmo efeito. Nós
tivemos a mesma votação.
Protestos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Muito bem.
Sr. Deputado João Oliveira, também votaram no mesmo sentido?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, pedia à Mesa que pudesse ainda distribuir a votação na
especialidade, porque aquela lei continha um regime geral de nacionalizações e continha artigos específicos,
relacionados com a nacionalização do BPN. Ora, no artigo que nacionalizava o BPN só o PCP e Os Verdes
votaram contra, todos os outros partidos votaram a favor.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Os Srs. Deputados têm acesso fácil, por via informática, a todos
esses elementos mas, de qualquer modo, se for necessário, distribuir-se-ão.
Tem a palavra a Sr.ª Ministra das Finanças.
A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Só um
esclarecimento breve, no tempo curto que me resta, sobre a questão do diploma que foi aprovado na passada
quinta-feira.
Como expliquei aos Srs. Deputados no início da minha intervenção, vimos, há mais de dois anos, a fazer a
transposição para a legislação nacional de todo o novo enquadramento europeu.
O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Mas não comunicaram à CMVM!
A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Isso significa que qualquer legislador responsável, que
detém uma autorização legislativa dada por esta Casa, deve garantir que, no momento em que alguma
intervenção possa vir a ser necessária — como tal determinada pelo Banco de Portugal, que é quem, pela lei,
tem a competência e a responsabilidade para tomar essas decisões —, toda a legislação necessária esteja
disponível e preparada para que se possa, de entre as várias opções, escolher aquela que é melhor.
É só essa a razão e não houve, com a aprovação desta legislação, nenhuma decisão pela resolução, como
não houve, em janeiro, nenhuma decisão pela recapitalização, como não houve nos momentos anteriores
nenhuma decisão sobre coisa nenhuma,…
Protestos do PCP.