I SÉRIE — NÚMERO 9
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funcionamento da escola pública para concretização do seu papel de instrumento de emancipação individual e
coletiva.
As Deputadas do PCP, Diana Ferreira — Rita Rato.
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Relativa ao projeto de resolução n.º 943/XII (3.ª) — Recomenda a finalização do metro do Mondego (BE)
[votado na reunião plenária de 8 de julho de 2014 — DAR I Série n.º 103 (2014.07.09) — 3.ª Sessão
Legislativa da XII Legislatura]:
Relativamente ao projeto de resolução referenciado em epígrafe, o PCP votou contra os pontos 1, 2, 3, 4,
5, 6 e votou a favor do ponto 7.
Este sentido de voto, deve-se ao facto de o PCP entender que o projeto Metro Mondego (MM) é
responsável pela destruição do Ramal da Lousã.
O PCP sempre se opôs à implementação da solução MM neste Ramal. O MM não se adequa às
características da linha e às necessidades dos utentes, visto que o Ramal é uma linha de montanha e o metro
ligeiro é um transporte urbano.
O sistema MM seria mais caro para os utentes, com menos velocidade de circulação (aumentando o tempo
de transporte em 25%), menos confortável (com menos lugares sentados), sem capacidade de transporte de
mercadorias, sem ligação à rede ferroviária nacional, sem possibilidade de continuação da linha, quando o
Ramal foi pensado para continuar para além de Serpins.
Para além disto, exigiria aos utentes um transbordo em Ceira, aumentando ainda mais o tempo de
transporte, e exigiria mais investimento em fornecimento de energia.
O projeto MM no Ramal da Lousã constituiria uma perda para a capacidade de desenvolvimento da região,
para além de uma perda para os utentes. Os sucessivos Governos PS, PSD e CDS enganaram as populações
e os executivos autárquicos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo assinaram de cruz a «morte do Ramal».
Os sucessivos Governos, os seus apoiantes e a Administração da MM destruíram uma linha centenária e
colocaram num autêntico inferno a vida das populações.
Em 2010, as obras foram iniciadas com o arranque dos carris e regularização do canal do Ramal da Lousã.
Com o abandono do projeto, ficou também ao abandono o Ramal da Lousã, com óbvios prejuízos para as
populações, obrigando ao recurso ao transporte rodoviário com degradação na mobilidade destas pessoas na
região e no acesso à cidade de Coimbra. Coloca-se, assim, a premência da reposição dos carris e a
eletrificação desta linha centenária.
Na cidade de Coimbra, o projeto MM significou a destruição de parte da Baixa, a desestruturação da
circulação de pessoas.
O PCP defende que o Ramal da Lousã deve ser devolvido ao serviço público ferroviário e alvo de
modernização e eletrificação, mantendo a ligação à rede ferroviária nacional.
O PCP entende que não existe qualquer interesse na manutenção Sociedade Metro Mondego ou do projeto
que representa, nem para a cidade, nem para o distrito, nem para o País.
O PCP defende a extinção da Sociedade Metro Mondego, a devolução do património ao domínio público
ferroviário e ao domínio municipal; e a modernização e eletrificação do Ramal da Lousã.
A Deputada do PCP, Rita Rato.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.