4 DE OUTUBRO DE 2014
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De uma realidade nacional, passamos para uma realidade europeia: um desafio de competitividade
internacional que Portugal tem sabido ganhar noutros sectores e que agora também se alarga ao sector da
saúde.
Recomenda-nos o Relatório Gulbenkian que as infraestruturas deverão ser menos onerosas, mais flexíveis
e adaptáveis à dinâmica dos cuidados e às características da população que servem. Na realidade, é
pertinente criar novos posicionamentos entre a produção e a capacidade instalada no SNS.
Importa ouvir os representantes da sociedade, os profissionais e os investigadores. Importa consolidar um
sistema de saúde com melhor gestão da doença crónica, mais serviços domiciliários e na comunidade, com
redes especializadas de cobertura nacional, mediante protocolos e tecnologias partilhadas.
A sustentabilidade virá de vários fatores, da redução da morbilidade, da eficiência da aplicação da
evidência alcançada e da indução do sistema para a comunidade.
Nestes três anos, dizemos, com orgulho, que evitámos a rotura do SNS. Nestes três anos, dizemos, com
orgulho, que fomos fortes com os mais fortes.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Saúde: — Nestes três anos, não vimos, como dizia um Deputado, ninguém levantar-se
com esta maioria contra os interesses mais poderosos. Mas conseguimos, nestes três anos, evitar
comprometer os próximos 25, o que, inevitavelmente, aconteceria se não fossem corrigidos os erros do
passado.
O Governo assumiu aquela que era a sua obrigação constitucional e política: defender o Serviço Nacional
de Saúde! E é por isso que o Serviço Nacional de Saúde é hoje reconhecido como uma das melhores
conquistas dos últimos 40 anos, a par da democracia. É reconhecido pela realidade e não por qualquer
efeméride histórica, ou por qualquer percurso que, hoje em dia, não faz sentido.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
É pela capacidade de resposta que o Serviço Nacional de Saúde presta, é por ser um instrumento de
coesão social, é por conseguir ceder mais facilmente os medicamentos, é por tudo isto que queremos
continuar a defender o SNS.
Por isso, temos de continuar a reestruturá-lo e a modernizá-lo. Temos de ouvir todos e decidir em
coerência estruturalmente. E dizemos, sem qualquer hesitação: o Serviço Nacional de Saúde tem futuro,
porque os portugueses têm futuro, e esse futuro já começou.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, está concluído o debate sobre o Serviço Nacional
de Saúde.
Segue-se na ordem do dia o Relatório e Conta de Gerência da Assembleia da República relativa ao ano de
2013, e como não tem tempo atribuído para discussão será inserido no período de votações.
Antes de passarmos ao período regimental de votações, o Sr. Secretário Duarte Pacheco vai dar conta da
entrada na Mesa de alguns diplomas.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, deram entrada na Mesa, e foram admitidas por V.
Ex.ª, as propostas de lei n.os
250/XII (4.ª) — Procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano,
alterando o Código Civil, a Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, o Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de agosto, e o
Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de agosto, que baixa à 11.ª Comissão em conexão com a 1.ª Comissão,
251/XII (4.ª) — Estabelece o regime de renda condicionada dos contratos de arrendamento para fim
habitacional, que baixa à 11.ª Comissão, e 252/XII (4.ª) — Estabelece o novo regime do arrendamento
apoiado para habitação, que baixa à 11.ª Comissão.
É tudo, Sr. Presidente.