O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 9

32

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — E, muito mais recentemente, o Deputado Manuel Pizarro dizia: «Sr.

Ministro…» — isto era para o Sr. Ministro Paulo Macedo — «… estamos a alertar para o desmantelamento do

Serviço Nacional de Saúde». Ora cá está, ele não está desmantelado, Sr. Ministro, muito pelo contrário!

Mas chega de citações, porque temos aqui os mesmos termos utlizados por toda a esquerda.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É esse o processo histórico, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Falámos hoje, aqui, do presente e dos extraordinários resultados

alcançados. E volto a fazer este desafio: vão ao site da Direção-Geral de Saúde ver o percurso dos

indicadores em saúde, desde a criação do SNS até agora.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — E falámos do passado, Sr. Presidente, para verificarmos que foram

cometidos alguns erros, é certo, mas que, em 35 anos, os senhores não conseguiram nem desmantelar nem

destruir o SNS, nem assistir a esse facto, por muito que vos custe.

E falámos ou tentámos falar do futuro. Não desistiremos, Sr.as

e Srs. Deputados, volto a dizê-lo — e com

isto termino, Sr. Presidente —, de convocar o Partido Socialista, como maior partido da oposição, como um

partido com especiais responsabilidades, a fazer aquilo que se faz nos países civilizados, que é os partidos

com maior responsabilidades chegarem a entendimentos sobre áreas cruciais para o País.

Isto não significa que não haja a natural e a democrática disputa política.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Mas em todos os países civilizados é possível haver entendimentos —

haver entendimentos, sentarem-se à mesa, haver um diálogo. Por que é que, em Portugal, esse diálogo sobre

o futuro daquilo que tanto prezamos, que é o Serviço Nacional de Saúde e a sua manutenção, não há de ser

possível?!

É esse o desafio de que não abdicaremos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Antónia

Almeida Santos.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs.

Deputados: Se este debate de atualidade serviu para alguma coisa, uma delas é mostrar que, na verdade,

podemos fazer dos números quase tudo aquilo que quisermos — especular sobre eles ou construir raciocínios

desfasados da realidade. Mas a magia dos números, por mais perfeita que seja, não dá mais saúde aos

portugueses.

Sr. Ministro, Sr.as

e Srs. Deputados: É verdade que muito se fez em saúde neste País, mas, nestes últimos

três anos, que ganhos reais, a níveis de indicadores de saúde, existiram? Que ganhos poderiam existir, com o

mesmo Orçamento? Muitos, Sr. Ministro. E os grandes ganhos dos últimos 35 anos pouco ou nada têm a ver

com o mandato deste último Governo.

Diz-se que a acessibilidade melhorou? Só quem não usa o Serviço Nacional de Saúde pode dizer isso.

As cifras do INE provam que as famílias portuguesas gastaram menos 4,7% com a saúde, em 2013,

comparando com o ano anterior e invertendo a tendência de aumento da despesa familiar com a saúde que

vigorava há dois anos.

Os peritos explicam-nos aquilo que nós já sabíamos: as famílias gastaram menos porque foram obrigadas

a isso, porque a sua situação económica se agravou.

Também é verdade que a diminuição do preço dos medicamentos, por via administrativa, ajudou.