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24 DE OUTUBRO DE 2014

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Ao longo de três anos, perante todas as dificuldades que o País atravessou, nunca, nunca, nem uma única

vez o PS esteve disponível para ajudar na resolução desses problemas.

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Como aqui disse no início, o PS ficou sentado confortavelmente, de

braços cruzados, resignado, pedindo eleições antecipadas. O Partido Socialista abandonou os portugueses,

abandonou os problemas que ele próprio criou.

Deixe-me dizer que o PSD, quando pede consensos alargados para os compromissos e as matérias

importantes para a população, não faz mais do que aquilo que fez na oposição. Recordo que o PSD, na

oposição, viabilizou Orçamentos do Estado de Governos socialistas, viabilizou planos de equilíbrio dos PEC do

Partido Socialista. Tivemos essa coragem, tivemos essa seriedade e esse sentido de responsabilidade no

combate político. Sabem porquê? Porque colocamos os interesses de Portugal e dos portugueses sempre à

frente dos interesses do próprio Partido Social Democrata.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, dá-me licença que use da palavra para fazer uma

interpelação à Mesa?

A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, agradeço-lhe a forma como compreende o direito ao

exercício legítimo e verdadeiro de uma interpelação à Mesa para ajudar à clarificação dos trabalhos e ao

esclarecimento dos Srs. Deputados, sobretudo os da maioria, que vivem tempos de desorientação e de

salganhada.

Protestos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, cinja-se, por favor, à questão processual.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — É exatamente sobre isso que irei falar. Irei falar do «velho PS», referido

pelo Sr. Deputado Jorge Paulo Oliveira.

Protestos do PSD.

Sr. Deputado, o «velho PS», pela voz do Deputado Eduardo Cabrita, em 20 de dezembro de 2013…

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, mas trata-se de uma questão processual ou de um esclarecimento

sobre o conteúdo…?

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — É, exatamente, um esclarecimento sobre o conteúdo…

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, não leve a mal, mas não pode.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, peço, por isso, que a Mesa proceda à distribuição das

condições em que o PS votou uma reforma do IRC, que foi muito diferente da proposta do Governo, e que

prova a violação grosseira e a falta de boa-fé deste Governo, que não merece a confiança dos portugueses,

nem o diálogo com quem, de boa-fé, alguma vez convosco falou. É isso que os parceiros sociais já sabem.

Aplausos do PS.