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I SÉRIE — NÚMERO 17

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A Sr.ª Presidente: — A Mesa fará chegar esse documento aos Srs. Deputados.

Srs. Deputados, para proferir uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Pinto.

O Sr. Acácio Pinto (PS): — Sr.a

Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Um Governo sem soluções, um

Governo esgotado e um Governo sem qualquer arrependimento é tudo, tudo quanto nos sobra neste outono

de 2014.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Acácio Pinto (PS): — Estamos, portanto, confrontados com um inverno governativo, afinal o mesmo

que nos assola vai para três anos e meio.

E quando assim é e quando as evidências se impõem e desmascaram as cosméticas e as medíocres

manobras de regeneração orçamental, outra coisa não se imporia que não fosse, também por isso, a

antecipação das eleições legislativas de 2015 e o correspondente acerto do calendário eleitoral e orçamental.

Bem sabemos que o Primeiro-Ministro e o PSD são avessos a tal, mas também bem sabemos, sustentados

em toda a concertação social e, direi mesmo, nos portugueses em geral, que tal desiderato seria a melhor

solução para Portugal.

Sr.a

Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Mas se o Governo se encontra esgotado em todas as áreas

governativas, queremos hoje enfatizar a educação.

Queremos falar-vos de uma das mais importantes áreas estratégicas para o desenvolvimento e para a

competitividade dos países e que tão mal tratada tem sido por este Governo.

Com efeito, a educação foi colocada por Nuno Crato e por este Governo em estado de absoluta negação. A

escola pública foi agredida, está a ser agredida com rudes e duros golpes ideológicos, que mais não visaram e

mais não visam do que o seu desmantelamento e a sua venda a retalho.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Acácio Pinto (PS): — A igualdade de oportunidades, valor central em quaisquer políticas públicas de

educação, foi diabolizada; a formação e qualificação ao longo da vida, peça central da qualificação das

pessoas, nomeadamente dos trabalhadores, foi erradicada; o sistema científico português, elemento

estruturante para a competitividade, foi profundamente abalado; e o ensino superior, elemento central para

atingirmos os nossos compromissos internacionais, nomeadamente as metas 2020, está asfixiado.

Aplausos do PS.

E como se tudo isto não nos bastasse, há milhares de alunos ainda sem aulas quando se vai iniciar a

sétima semana letiva. Na sétima semana letiva, 50% do primeiro período, sem qualquer aula, numa

demonstração de completa incompetência técnica e política de Nuno Crato.

Aplausos do PS.

Mas grave é que tudo isto configura um atentado contra a escola pública e um profundo desrespeito pela

dignidade dos profissionais de educação, dos alunos e das famílias por parte de um ministro que já assegurou

um lugar na história como o ministro que desferiu os maiores golpes contra o serviço público de educação em

Portugal.

Mas vamos a factos, Sr.ª Presidente e Sr.as

e Srs. Deputados.

Nuno Crato desmantelou a escola a tempo inteiro; despediu milhares e milhares de profissionais de

educação; aumentou o número de alunos por turma, em contraciclo com as diretrizes da OCDE; abandonou

dezenas de milhares de adultos que estavam em formação e em qualificação;…

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Não é verdade!