12 DE DEZEMBRO DE 2014
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Temos orgulho do trabalho que fizemos até aqui, mas temos, sobretudo, a responsabilidade de continuar a
responder aos anseios dos jovens portugueses. E não só neste ano de mandato que falta para terminar esta
Legislatura, mas também nos próximos quatro anos de governo, a seguir às eleições de 2015, estamos certos
de que continuaremos aqui, ao lado do Governo, a apoiar políticas públicas que devolvam a esperança, que os
senhores retiraram, a todos os jovens portugueses.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Não falamos do passado por acaso, mas também não falamos do passado, Sr.as
e Srs. Deputados do
Partido Socialista, por vos querermos ver corar de vergonha.
Protestos do PS.
Porém, este foi, de facto, um debate onde, depois de no início termos assistido a um pequeno resquício de
tentativa de ataque do Partido Socialista, no resto do debate os Srs. Deputados do Partido Socialista que
intervieram passaram o tempo a corar —…
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Um dia também vais corar!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … a corar com aquilo que era dito pelos partidos da maioria ou com
aquilo que era dito pelo Governo, mas, sobretudo, a corar de vergonha por aquilo que obrigaram os jovens
portugueses a passar nos últimos três anos, fruto de uma governação que levou o País à pré-bancarrota.
Aplausos do PSD.
Mas também falamos do passado mais recente, dos últimos três anos, do nosso legado, nomeadamente,
do nosso legado às novas gerações. E o nosso legado às novas gerações, Sr.as
e Srs. Deputados, é este: a
economia a crescer acima da média da zona euro — facto; o défice mais baixo dos últimos 40 anos, que nos
propomos atingir no próximo ano — facto; o desemprego a baixar nos últimos 20 meses consecutivamente,
com o desemprego jovem a baixar também — facto; os juros da dívida pública em mínimos históricos — facto;
o saldo externo positivo — facto; as exportações a subir como nunca — facto. E, como se costuma dizer,
contra factos não há argumentos. Este é o nosso legado, o legado desta governação de três anos, para o
próximo ano e para os próximos quatro anos que aí vêm.
Aplausos do PSD.
Mas neste debate, Sr.as
e Srs. Deputados, propusemo-nos falar de solidariedade intergeracional. Ora, não
ouvi uma palavra de nenhuma nem de nenhum Sr. Deputado da oposição sobre esta matéria.
Percebo bem que o Partido Socialista tenha muita dificuldade em falar de solidariedade intergeracional.
Percebo bem que um partido que é responsável por levar o País à pré-bancarrota, que deixa em dívida aquilo
que devia deixar em esperança aos jovens portugueses, não consiga sequer pronunciar esta expressão que
deve ser tão cara ao combate e à prática política e que é a solidariedade intergeracional.
Gostava muito de ter ouvido hoje aqui o Partido Socialista a comprometer-se com metas de défice, a
comprometer-se com metas de endividamento, já que nem as do próprio tratado orçamental europeu agora se
compromete a cumprir.
Como eu gostava de ter ouvido aqui hoje o Partido Socialista, num debate sobre políticas de juventude,
num debate sobre solidariedade intergeracional, a comprometer-se a fazer connosco uma reforma da
segurança social, uma reforma que assegure aos jovens portugueses que nos ouvem lá fora a expectativa de,
quando terminarem a sua carreira contributiva, terem direito a uma pensão ou a uma reforma, expectativa
essa que hoje não têm, porque os senhores não querem fazer connosco a reforma da segurança social.
Aplausos do PSD.