O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 29

28

Hoje temos um País que disparou em vários rankings e que recuperou a sua reputação em várias áreas, e

com isso abriu também novas oportunidades.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É verdade!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Hoje temos um País que conseguiu, finalmente, inverter a trajetória

da dívida e, com isso, começar efetivamente a desonerar as gerações futuras.

Em suma, temos um País que, ao recuperar a sua soberania, passou a poder assegurar aos mais jovens

aquilo que falido nunca conseguiria: nem melhores escolas, nem melhores universidades, nem mais apoio

social, nem mais incentivos à formação, nem mais acesso à cultura.

Srs. Deputados do Partido Socialista, entendamo-nos de uma vez por todas: não há política de juventude

que resista à falta de financiamento e a um país em pré-bancarrota.

E, por isso, é bom que fique claro que o País que encontrámos em 2011 não conseguia assegurar proteção

especial, nem aos mais jovens, nem aos mais velhos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — E este não é um discurso de drama. Quero que seja, antes, um

discurso de realismo.

Portugal tem hoje, felizmente, uma geração de jovens com mais acesso à formação, com mais talento, que

querem e que vão vencer na vida, que querem ser independentes e que têm ao seu dispor, felizmente,

ferramentas para o conseguir e meios que, muitas vezes, os seus próprios pais não tiveram.

Protestos do PS e do PCP.

Convém que os saibamos preservar, não gastando, nunca mais, sem critério, os nossos recursos, muito

menos os que não temos, porque um dia, como já sabemos, o dinheiro acaba mesmo.

Sr.ª Presidente, termino, dizendo que temos, em 2014 e em 2015, uma janela de oportunidade que se

reabriu.

Os desgovernos do Partido Socialista acorrentaram os destinos do nosso País, mas coube, felizmente, a

esta maioria devolver a esperança. Devolver a esperança aos mais jovens e também aos mais velhos. Afinal

de contas, somos todos Portugal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro

Delgado Alves, do PS.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Vera Rodrigues, saúdo-a pela sua

intervenção, em que ouvimos falar de um País que hoje temos. Mas, de facto, hoje temos um País com uma

segurança social insustentável, por causa da emigração e da saída dos jovens.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Temos um País em que se agravam os fossos e em que se agrava a desigualdade em todos os seus

indicadores, particularmente os que incidem sobre os jovens — e temos dados claríssimos de pobreza infantil

que o relevam — e temos, para além disso, um País em que a trajetória da dívida, ao contrário do que a Sr.ª

Deputada nos deu nota, não está invertida: Longe disso, continuamos a ter um problema sério, estrutural com

a dívida, provocado precisamente por uma abordagem que provocou e agravou a recessão num momento em

que o incentivo ia ser no sentido inverso.

Mas, mais uma vez, voltamos a ter, precisamente, a mesma dificuldade que a maioria tem ao encarar este

debate: convoca um debate sobre políticas de juventude e não consegue dar uma palavra, uma linha, uma