18 DE DEZEMBRO DE 2014
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Ninguém tem nada contra o ensino provado. O problema é a utilização do dinheiro dos contribuintes no
ensino privado. Ele que funcione, que seja pago pelos utentes e clientes desse sistema de ensino. O problema
é o Estado pagar esse ensino privado com o dinheiro dos contribuintes.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — O Sr. Deputado Duarte Marques costuma vir muitas vezes fazer uma certa
ironia com a festa da Parque Escolar, mas parece que hoje está a fazer uma festa ainda maior. Se me der
licença, para terminar, direi que o problema está no financiamento público de uma oferta privada em
concorrência com a capacidade instalada do ensino público. A Constituição obriga a uma rede pública, a uma
rede de estabelecimentos do ensino público. Da Constituição não consta o direito concorrencial do ensino
privado e do ensino público financiados pelo Estado. Por muito que vos custe, não é isso que lá está!
Os Srs. Deputados tentam sempre levar este debate para onde ele não deve estar. O debate é o do
financiamento público do ensino privado em condições concorrenciais e esse é inaceitável, consta do estatuto
particular e cooperativo desse tipo de ensino e terá de ser revogado. Gostaria que todas as forças da oposição
se comprometessem com esse objetivo.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, concluímos assim este debate. Os projetos de
resolução serão votados na próxima sexta-feira, no período regimental de votações.
Amanhã, às 15 horas, haverá uma nova sessão plenária, cuja ordem do dia será preenchida com a
interpelação n.º 19/XII (4.ª) — Sobre o combate ao empobrecimento, por uma política alternativa de justiça na
distribuição de rendimentos (PCP).
Concluímos, assim, os nossos trabalhos de hoje.
Desejo um bom fim de tarde e uma boa noite a todos.
Eram 18 horas e 4 minutos.
Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.