I SÉRIE — NÚMERO 34
46
Mas, Srs. Deputados, também importa aqui referir as afirmações feitas, em abril do ano passado, pelo
Presidente da Câmara Municipal da Trofa, que dizia que, em média, 30 000 veículos passam na EN14 e que
desses cerca de 6000 são camiões, servindo 28 zonas industriais, onde trabalham cerca de 128 000 pessoas,
representando um volume de negócios superior a 11,5 mil milhões de euros.
O Sr. João Oliveira (PCP): — É verdade!
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Como já foi aqui dito, esta é uma construção que tem sido objeto de vários
projetos, vários estudos, várias tentativas e intenções, mas, no fundamental, nada foi feito.
E aquilo que o Partido Comunista Português propõe neste projeto de resolução é isso mesmo: a
construção desta variante à EN14, mas, sobretudo, que haja da parte do Governo e dos partidos que o
suportam a assunção de um aspeto muito importante que é a calendarização dessa construção, o início
imediato dessa construção, em 2015, e que não se trate, mais uma vez, de uma promessa em ano que se
prevê eleitoral.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para apresentar o projeto de resolução n.º 1202/XII (4.ª), do PS,
tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Construir a variante à estrada
nacional n.º 14 é uma prioridade absoluta, porque já não representa hoje uma solução de mobilidade neste
denso espaço territorial.
Esta variante serve, sobretudo, o concelho da Trofa, mas também os concelhos de Famalicão, da Maia e
até de Santo Tirso.
Neste espaço territorial, existe um tecido empresarial dinâmico com um pendor fortemente exportador, que
muito contribui para o crescimento da economia e para a criação de emprego.
Este é, assim, um projeto importante para o desenvolvimento da economia local, para a mobilidade neste
território e que pode muito bem contribuir para a captação de novos investimentos — e sabemos como estes
são hoje tão importantes para a região e para o País.
O projeto está num estado avançado de conclusão. O PS deixou o projeto-base concluído, a declaração de
impacte ambiental em estado avançado e, agora, fazem parte do relatório do grupo de trabalho para as
infraestruturas de valor acrescentado.
É, pois, neste sentido que entendemos que esta é uma prioridade. É neste sentido e por todas estas razões
que entendemos que este projeto tem um caráter urgente. E o Governo tem todas as condições para o
implementar, basta boa vontade e determinação.
Percebemos que o PSD tem muitas preocupações quanto aos investimentos que o PS promoveu no distrito
do Porto, porque nunca foram uma prioridade e uma preocupação para o PSD, como os investimentos no
aeroporto e os investimentos no porto de Leixões, hoje muito elogiados, e toda a rede de autoestradas e de
acessibilidades para melhorar a mobilidade na Área Metropolitana do Porto e em toda a região.
Gostava que o PSD, que tanto reclama contra as autoestradas promovidas pelo PS, que tanto critica esses
investimentos, dissesse quais os investimentos que invocaria no distrito do Porto, nomeadamente a mobilidade
ganha no concelho da Maia, que é servida por quatro autoestradas construídas pelo Partido Socialista.
A preocupação do PSD é ter sido o PS a realizar todos os investimentos no distrito do Porto, que, nos seus
governos, foi sistematicamente abandonado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para apresentar o projeto de resolução do CDS-PP, tem a palavra a
Sr.ª Deputada Vera Rodrigues.