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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Se isto não é falhar em toda a linha, diga-me o que é, porque, se não, tenho de acrescentar outras

matérias, como a dos indicadores da pobreza ou da emigração que existe em Portugal, como há muito não

existia.

É por isso, pela realidade europeia e pela realidade nacional, que os senhores estão do lado errado da

História.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr.ª Deputada Cecília Honório, a posição do Partido Socialista é uma posição

de respeito pela visão que temos da União Europeia e de recusa da visão dominante, do pensamento único

que se instaurou já há tempo demais na União Europeia.

Mas, Sr.ª Deputada, nenhuma vitória eleitoral, em nenhum país da União Europeia, anula a legitimidade

eleitoral de outras vitórias. O que é necessário é saber construir espaços de compromisso no seio da União

Europeia.

O Sr. Vitalino Canas (PS): — Muito bem!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Não há vitória eleitoral nenhuma, seja do Syriza, seja de um partido

socialista, seja de outro partido qualquer, que dê legitimidade para impor uma outra política, mas dá

legitimidade para que os dirigentes europeus olhem de forma diferente para aquelas que são as distintas

realidades da União Europeia. E esse olhar de forma diferente passa, de facto, por dar uma atenção particular

ao que custa hoje a dívida pública em Portugal.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

É um facto que não somos iguais à Grécia, embora também me custe um pouco perceber a distinção que a

maioria faz da Grécia, quando é sabido que, nos últimos anos, a liderança do Governo grego foi de um partido

que se senta do mesmo lado da bancada do PSD e do CDS no Parlamento Europeu. Mas enfim… Aquilo que

gostava de lhe dizer sobre isto…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Aquilo que gostava de lhe dizer sobre isso é que uma das coisas que nos distingue da Grécia é que, hoje,

Portugal paga mais juros da dívida pública, em percentagem do PIB, do que todos os outros países, incluindo

a Grécia.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Vai daí…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José

Ribeiro e Castro.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Vieira da Silva: o Sr. Deputado

começou bem; e, depois, continuou mal. Começou bem, porque justificou o quantitative easing (QE) como é,

ou seja, uma medida que visa responder a um problema novo, que são os riscos de deflação, e é tomada num

tempo oportuno. Se fosse tomada há mais tempo, seria um disparate completo; agora, é uma resposta

oportuna.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Falta provar!…