6 DE FEVEREIRO DE 2015
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A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — E o que tem de ficar aqui claro é que a situação que hoje se vive no Serviço
Nacional de Saúde, a situação com que os doentes estão confrontados é uma confirmação daquilo que o PCP
tem dito: este Governo está há demasiado tempo em funções e cada dia que passa é mais um dia que o País
perde, é mais um dia que o País retrocede. Por isso, este Governo já deveria ter sido demitido ou já deveria
ter-se demitido.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Não o fazendo, iremos continuar a lutar pela demissão deste Governo e pela
rutura com esta política, para que, de facto, todos tenham acesso à saúde e para que os cuidados de saúde
primários sejam reforçados.
Aplausos do PCP e de Os Verdes.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.as
e Srs. Deputados, fica assim concluída a discussão conjunta,
na generalidade, dos projetos de resolução n.os
1110/XII (4.ª) (PCP), 1111/XII (4.ª) (PCP), 1242/XII (4.ª) (BE),
1244/XII (4.ª) (PS) e 1241/XII (4.ª) (Os Verdes).
Vamos prosseguir com a discussão do projeto de resolução n.º 1189/XII (4.ª) — Recomenda a utilização de
correio registado nas convocatórias do IEFP e do ISS, IP para impedir o corte de prestações sociais (BE).
Para fazer a apresentação do projeto de resolução, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O projeto de resolução que hoje
apresentamos é muito simples e creio que entendível por todos os Srs. Deputados.
O que aqui vimos propor é que se torne obrigatório o envio por correio registado e com aviso de receção de
todas as convocatórias e comunicações que possam colocar em causa o pagamento de prestações sociais
aos beneficiários.
Sabemos que são muitos os desempregados e desempregadas que, por dificuldades até dos CTT, cujo
serviço de correios, devido a alterações sofridas, passou de diário a uma a duas vezes por semana, têm
perdido os seus subsídios por não receberem a notificação enviada pelos centros de emprego e pelos serviços
da segurança social.
Por isso mesmo, torna-se obrigatória uma maior celeridade nesta situação.
Os desempregados e as desempregadas, os beneficiários do subsídio social de desemprego e os
beneficiários do rendimento social de inserção têm direitos (poucos) e deveres bastante apertados. São muitas
e muitos, que, por força da condição de recursos que este Governo alterou, perderam, como bem sabem,
estes subsídios.
Acresce a esta situação a obrigatoriedade de presença para que estas prestações tenham continuidade.
Ora, como já referi, muitas e muitos beneficiários destas prestações não recebem as notificações, não há
qualquer averiguação do porquê dessa circunstância e basta que não se apresentem no dia aos serviços para
que as prestações lhes sejam cortadas.
Por isso mesmo, trazemos à discussão uma alteração de procedimentos. Não estamos aqui a produzir
maiores encargos,…
O Sr. Adão Silva (PSD): — Estão, estão!
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — … mas um procedimento administrativo que é mais transparente e mais
célere.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado David Costa.