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6 DE FEVEREIRO DE 2015

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diz o INE e o Sr. Provedor de Justiça — para tentar, artificialmente, apresentar bons números em termos de

desemprego.

Portanto, de facto, Sr.ª Deputada, o problema existe.

Termino, Sr.ª Presidente, dizendo que nós temos memória e os portugueses também e foi este Governo

que disse aqui, precisamente no Plenário, que havia 100 000 ex-beneficiários do rendimento social de

inserção a quem foi cortado este rendimento porque tinham um património de mais de 100 000 €, coisa que,

até hoje, apesar de um requerimento do Partido Socialista, ainda não provaram.

É este preconceito, é esta intenção que nos leva a atribuir mérito ao projeto de resolução do Bloco de

Esquerda. Entendemos é que, do ponto de vista financeiro e da eficiência técnica, poderá haver melhores

soluções sem maus custos e sem ser como a segurança social, em que foram despedidos quase 700

trabalhadores.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado David Costa.

O Sr. David Costa (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Artur Rêgo, a seriedade não

tem preço. A segunda notificação ao beneficiário é registada, mas é para comunicar o corte na prestação.

Portanto, espero que fique muito claro que aquilo que o Sr. Deputado nos disse não corresponde à realidade.

O voto contra da maioria a este projeto significa que estão de acordo e que apoiam o corte nessa mesma

prestação.

Aí é que está o ónus! Não se trata de atos administrativos, como o senhor quis traduzir com a sua

exposição.

Por último, queria dizer que não contem com o PCP para mais cortes e mais agravamento da exploração

contra os beneficiários, que já de si sofrem com a política levada a cabo por VV. Ex.as

.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Aiveca.

A Sr.ªMariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Não estamos apenas a discutir

procedimentos, mas a verdade é que, alterando procedimentos, podemos melhorar a vida das pessoas.

Os Srs. Deputados e as Sr.as

Deputadas nunca foram abordados por um beneficiário do subsídio social de

desemprego ou do RSI (rendimento social de inserção) dizendo que foi convocado para uma entrevista e que

recebeu a notificação a posteriori, faltando, assim, à entrevista e que, por essa razão, lhe cortaram o

benefício? Existem muitos casos destes.

Por outro lado, e isso já foi aqui referido, a segunda notificação — aquela que diz «Ex.mo

Sr./Sr.ª,

informamos que lhe cortámos o subsídio» — é que é em correio registado e é para dar conta do ato do corte.

Por isso, propomos maior e melhor celeridade para evitar tantos cortes.

Os senhores fizeram as contas ao custo desta proposta que o Bloco de Esquerda trouxe e de certeza que

foram fazer outras averiguações. A quantas pessoas já foi cortado o subsídio de desemprego, o subsídio

social de desemprego, e outros, por falta de comparecerem a estas entrevistas? Esses números não têm! Mas

há muitos milhares de pessoas que ficam prejudicadas por esta via.

A Sr.ª Deputada do PSD disse…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Teresa Santos!

A Sr.ªMariana Aiveca (BE): — … que não quisemos discutir os dados do desemprego e do emprego. Mas,

Sr.ª Deputada, o Bloco de Esquerda está aberto para discutir todos esses dados. É que não há criação de

emprego porque, de facto, a taxa de pessoas empregadas diminuiu e, já agora, os dados do desemprego não

são nada animadores, Sr.ª Deputada.