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19 DE FEVEREIRO DE 2015

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O Sr. Ministro da Economia: — Há a acrescentar a este diagnóstico, que é factual, uma consequência

penosa: a evolução do desemprego. Ou o Partido Socialista já esqueceu que o desemprego saltou de 7,2%,

em 2005, para 12,7%, em maio de 2011?!

Vozes do PS: — Isso é falso!

O Sr. Ministro da Economia: — Falência financeira, declínio económico e crise social, tudo são

consequências de um modelo económico fracassado, de uma receita financeira insustentável, que em 2011

bateu contra a parede.

Como consequência, o programa de ajustamento que herdámos em 2011. O Governo PSD/CDS foi,

durante três anos, um Governo de emergência, fortemente condicionado, é verdade, pelas políticas

estabelecidas pela troica. Foram tempos duros e muito difíceis que os portugueses, em muitos aspetos, não

vão querer esquecer, e é bom que não esqueçam, porque são a consequência da irresponsabilidade política e

financeira dos governos socialistas de José Sócrates.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Tudo indica que, infelizmente, o PS, agora com novas roupagens, novos rostos,…

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Ministro da Economia: — … se pretende manter fiel a essa penosa tradição: a capitalização das

pequenas e médias empresas com dinheiro do Estado. Viva o socialismo!

O Sr. João Galamba (PS): — É que não há outro!

O Sr. Ministro da Economia: — Mas foi também durante estes anos duros que o nosso Governo

aproveitou para fazer as reformas, há muito adiadas, para tornar a economia mais competitiva,…

Risos do PS.

… como o reconhecem expressivamente os indicadores de competitividade e a evolução das nossas

exportações, que não estiveram num ano brilhante — foi só o melhor ano de sempre, o ano de 2014!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Ministro da Economia: — E, por isso, o Estado afirma-se, hoje, crescentemente, como um parceiro

do setor privado. O setor privado virou-se para o exterior e deu um exemplo notável, primeiro, de

sobrevivência e, agora, ainda que moderado, de crescimento e de criação de riqueza.

Sr.as

e Srs. Deputados, apresentamos, hoje, o resultado disponível desta Legislatura.

Primeiro: em 2011, Portugal estava na bancarrota e não tinha acesso aos mercados financeiros, porque

nos pediam taxas de juro de dois dígitos. Hoje, Portugal é um país com um acesso fluido aos mercados e com

taxas de juro historicamente baixas. Portugal recuperou a sua credibilidade, um valor fundamental para

qualquer economia, para qualquer Estado social.

Segundo: em 2011, o País chocou com a realidade e mergulhou na recessão, com um défice externo perto

dos 10%. Portugal, hoje, é um país que cresce, assente num modelo económico mais saudável e com contas

externas com superavit.

O Sr. João Galamba (PS): — É mais saudável? Ah!…

O Sr. Ministro da Economia: — Terceiro: em 2011, Portugal levava já seis anos — um, dois, três, quatro,

cinco, seis anos! — consecutivos de aumento do desemprego,…