27 DE FEVEREIRO DE 2015
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jornalistas, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 7 minutos.
Srs. Agentes, podem abrir as galerias.
Peço aos Srs. Deputados o favor de tomarem os vossos lugares e peço ao Sr. Secretário, Deputado Duarte
Pacheco, o favor de ler o expediente.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: projeto de lei n.º 792/XII (4.ª) — Primeira alteração à Lei
n.º 62/2007, de 10 de setembro (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior), reforçando a gestão
democrática das instituições (PS), que baixa à 8.ª Comissão; apreciação parlamentar n.º 134/XII (4.ª) —
Relativa ao Decreto-Lei n.º 13/2015, de 26 de janeiro, que define os objetivos e os princípios da política de
emprego e regula a conceção, a execução, o acompanhamento, a avaliação e o financiamento dos respetivos
programas e medidas; e projetos de resolução n.os
1271/XII (4.ª) — Manutenção da gestão pública do Hospital
de Cantanhede no âmbito do SNS e a contratação efetiva de todos os profissionais que respondem às
necessidades permanentes do seu funcionamento (PCP), que baixa à 5.ª Comissão, em conexão com a 9.ª
Comissão, 1272/XII (4.ª) — Por emprego de qualidade no turismo (PCP), que baixa à 6.ª Comissão, e 1280/XII
(4.ª) — Recomenda ao Governo a criação de mecanismos que assegurem o pagamento atempado dos
contratos para a prestação de serviço público de educação às escolas do ensino particular e cooperativo
(PSD/CDS-PP), que baixa à 8.ª Comissão.
Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, em relação às apreciações parlamentares n.os
127/XII (4.ª) — Relativa ao
Decreto-Lei n.º 174/2014, de 5 de dezembro, que estabelece o quadro jurídico geral da concessão de serviço
público de transporte público coletivo de superfície de passageiros na cidade de Lisboa, sem prejuízo da
manutenção da concessão atribuída à Companhia Carris de Ferro de Lisboa, SA (Carris, SA) (PS) e 128/XII
(4.ª) — Relativa ao Decreto-Lei n.º 175/2014, de 5 de dezembro, que estabelece o quadro jurídico geral da
concessão de serviço público de transporte por metropolitano de passageiros na cidade de Lisboa e nos
concelhos limítrofes da Grande Lisboa, abrangidos pela respetiva área correspondente ao nível III da
Nomenclatura para Fins Territoriais e Estatísticos (NUTS), sem prejuízo da manutenção da concessão
atribuída ao Metropolitano de Lisboa, EPE (ML, EPE), a Comissão de Economia e Obras Públicas informa que
os respetivos processos de apreciação parlamentar devem considerar-se caducos, pois todas as propostas de
alteração acabaram por ser rejeitadas, em sede de especialidade, na Comissão.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos, então, dar início aos nossos trabalhos, com o debate
conjunto, na generalidade, dos projetos de lei n.os
756/XII (4.ª) — Suspensão das penhoras e vendas
executivas de imóveis por dívidas fiscais (PS) e 787/XII (4.ª) — Cria um processo excecional de suspensão
das penhoras e vendas coercivas das casas de habitação por dívidas fiscais (BE). Os partidos proponentes
das iniciativas dispõem de mais 1 minuto para debate.
Para apresentar o projeto de lei do PS, tem a palavra o Sr. Deputado João Paulo Correia.
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O Partido Socialista propõe a
suspensão das penhoras e vendas de habitações próprias permanentes por dívidas fiscais.
A nossa proposta assenta em três condições: a primeira é a de que o valor patrimonial tributário não
exceda os 200 000 €; a segunda é a de que, pelo menos, um elemento do agregado familiar se encontre em
situação de desemprego; a terceira é a de que este regime vigore temporariamente, enquanto Portugal se
encontrar sob procedimento por défice excessivo.
Trata-se de uma proposta que apresentamos para apoiar as famílias que se encontram em situação
económica muito difícil, para apoiar as famílias vítimas de austeridade, para apoiar as famílias vítimas do
desemprego, o qual, infelizmente, continuará elevado, ao contrário daquilo que o Governo tem dito nos últimos
tempos.
Ontem, a Comissão Europeia colocou Portugal sob vigilância, também devido ao desemprego elevado,
hoje, a Comissão Europeia afirmou que a criação de emprego irá abrandar e que o desemprego continuará