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6 DE MARÇO DE 2015

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minutos e 8 segundos) e quase que não a mencionou. Mas foi fiel àquilo que eu estava à espera e,

efetivamente, mais uma vez, distorcendo o que foi dito e procurando pôr palavras na boca do líder do Partido

Socialista que ele não proferiu,…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Não foi assim?!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — … muito claramente distorceu o debate.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Estamos conversados!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Portanto, respondo-lhe claramente à sua pergunta: é claro aquele que

é o discurso que foi feito, no que diz respeito à necessidade de atrair investimento para o País e, obviamente,

de procurar trazer aqueles que participam connosco na construção do País.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Estamos conversados!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Outra coisa diferente é dizer que o diagnóstico é este, fantástico e

formidável, que o Governo apresenta. É que uma coisa é certa: efetivamente, hoje, estamos melhor do que

estávamos há quatro anos, porque já só faltam seis meses para os senhores terminarem funções.

Efetivamente, estamos muito melhor do que estávamos há quatro anos!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Segue-se a pergunta da Sr.ª Deputada Cecília Honório, do Bloco de Esquerda.

Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, quero cumprimentá-lo

pela sua declaração política e dizer-lhe que, relativamente ao diagnóstico, temos certamente um profundo

acordo.

Colocou aqui o «dedo na ferida» relativamente à degradação dos serviços públicos, fez um retrato muito

rigoroso do recuo da escola pública, a todos os níveis (do aumento do número de alunos por turma, da

redução do número de professores, da redução do investimento), e, enfim, também não se esqueceu da

justiça e dessa caricatura que foi termos tido um País com os tribunais praticamente paralisados durante 44

dias e de, até hoje, as responsabilidades políticas não terem sido assacadas.

E falou-nos da pobreza. Portanto, deu-nos um retrato profundo e realista, que acompanhamos, sobre os

danos desta austeridade cega, recordando que, se ela foi um pouco menos cega, isso deveu-se aos acórdãos

do Tribunal Constitucional. Fez bem em trazer esta memória.

Mas vou fazer-lhe uma pergunta — e, enfim, até perguntei aqui ao meu líder parlamentar quantas vezes já

fizemos esta pergunta ao PS, se 10, se 20 vezes, e até lhe disse que é capaz de esta ser a enésima quinta

vez — relativamente às soluções. Estamos de acordo quanto ao diagnóstico; as dúvidas sobram quanto às

soluções.

Como é que o PS quer recuperar, requalificar, salvar o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a

segurança social, atracado ao tratado orçamental? Esta é a dúvida que permanece, cada vez que fazemos

esta pergunta. Como é que é possível, quando o tratado orçamental é um compromisso de mais austeridade,

mais profunda, pelo menos durante mais 20 anos — relativamente aos compromissos quer do défice, quer da

dívida pública, que hoje, como sabe, está muito perto dos 130% do PIB e que terá de ser reduzida, nestas

próximas décadas, para os 60% do PIB —, o PS constituir uma alternativa atracado a mais duas décadas de

austeridade?

É que o tratado orçamental, Sr. Deputado, vai ficar nas vossas mãos, é verdadeiramente vosso, esse será

um instrumento da vossa governação. E, nesse sentido, mais uma vez, lhe pergunto: se o PS ganhar as

próximas eleições, como é que é capaz de dizer que tem condições para devolver a qualidade aos cidadãos e