19 DE JUNHO DE 2015
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Olha quem fala!
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva.
O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, foram tantas as questões que hesito
na escolha. Mas há uma questão que, para várias bancadas, e em particular para as bancadas da direita,
gostaria de recordar.
As Sr.as
e os Srs. Deputados fazem uma leitura da História no mínimo curiosa. É que dizem que, em 2009,
não havia problema nenhum na economia portuguesa, que o Governo, na altura, foi despesista e que utilizou a
segurança social para o apoio às famílias.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Isso é objetivo!
O Sr. Vieira da Silva (PS): — Duas questões recordatórias. Uma é a de que 2009 foi apenas o ano da
maior crise económica na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Aplausos do PS.
A queda do PIB foi de 4%. Só os senhores, em 2012, conseguiram fazer igual.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
É útil, é interessante esquecer a situação que a Europa e a economia portuguesa viveram, mas não é sério.
E depois dizem que o Partido Socialista, no Governo, usou medidas de apoio às famílias. E eu faço uma
pergunta: em 2009, qual das bancadas da maioria foi contra qualquer uma dessas medidas? Qual dessas
medidas é que os senhores contrariaram? Digam uma, só uma!
Aplausos do PS.
Se não disserem só uma, eu digo outras que os senhores propuseram a mais, em 2010, para aumentar a
despesa e diminuir a receita.
Aplausos do PS.
A verdade é clara, é límpida.
Sobre o emprego e a situação do emprego em Portugal só utilizo uma crítica. E a crítica é respeitável, é do
ex-Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que aqui, em 2011, disse que, neste ano, nós iríamos ter 4 840 000
empregos. Ora, temos 4 540 000, menos 300 000. Querem melhor crítica aos resultados de emprego do vosso
Governo do que aquela que foi feita, em antecipação, pelo vosso próprio Governo?
Aplausos do PS.
Protestos do Deputado do CDS-PP Artur Rêgo.
Sr.ª Deputada Joana Barata Lopes, é uma questão de perceção relativamente linear quando se diz que não
são as regras do nosso sistema de proteção social que põem em causa a sua sustentabilidade e reconhecer
que a envolvente externa — económica, demográfica — é um fator que coloca problemas à sustentabilidade,