I SÉRIE — NÚMERO 8
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Protestos do PSD e do CDS-PP.
Portanto, fazem esse discurso duplo de dizer que estão contra as sanções, mas, ao mesmo tempo, torcem
para que elas sejam aplicadas a Portugal.
Aplausos do PCP.
Mas fazem também outro jogo duplo. Fazem o jogo de quem protesta contra as sanções, mas, ao mesmo
tempo, está a favor do quadro que permite que Portugal seja sancionado, seja sujeito a estas operações de
chantagem e de pressão para impedir medidas que são positivas para os trabalhadores e o para povo português.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Tenha vergonha, Sr. Deputado!
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Não acusa o PS porquê?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Os Srs. Deputados, quer do PSD, quer do CDS, têm, de uma vez por todas,
de ser desmascarados.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Percebemos o incómodo que têm com a proposta que o PCP aqui traz. É porque a proposta confronta-vos
com essas contradições, obriga-vos a serem desmascarados desse jogo duplo que têm feito contra os interesses
do País, contra os interesses dos trabalhadores e do povo português.
Sabemos, Sr. Deputado Miguel Morgado, e não temos ilusão, que o posicionamento do PCP é coerente,…
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Não é!
O Sr. João Oliveira (PCP): — … é um posicionamento que coloca as questões de fundo no ponto em que
elas devem ser colocadas.
Sabemos também que na Assembleia da República, ao longo de anos, e não foi só o PSD e o CDS, mas
também o PS, em muitas circunstâncias, e nas questões que são decisivas relativamente à construção europeia,
não têm acompanhado o posicionamento do PCP.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Felizmente!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não temos ilusões em relação a isso. Sobre algumas das matérias que aqui
trazemos, continuaremos a bater-nos por elas sozinhos até ao momento em que os portugueses percebam que,
de facto, o caminho não pode ser aquele que tem sido seguido e que devem dar apoio às propostas que o PCP
faz.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr. Deputado.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluo, Sr. Presidente.
De uma coisa os senhores não se livram, que é a de, hoje, serem confrontados com as vossas contradições
e de, uma vez mais, se colocarem contra o interesse nacional, contra o interesse dos trabalhadores e do povo
português.
Aplausos do PCP.