O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 17

28

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.

O Sr. Paulino Ascenção (BE): — Terminei, Sr. Presidente.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, pelo PS, tem a palavra o Sr. Deputado

Luís Vilhena.

O Sr. Luís Vilhena (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Paulo Neves, ouvi com

atenção a sua declaração e penso que faltam algumas premissas no seu discurso.

Esqueceu-se de dizer que, de facto, foi o PSD que governou a Madeira durante 40 anos e que, durante esse

tempo, teve oportunidade de definir as estratégias e fazer escolhas relativamente aos investimentos que poderia

ter feito.

É certo que fez investimentos que eram essenciais para o desenvolvimento do território, mas, a partir de

certa altura, é reconhecido que fez uma série de obras que, hoje em dia, até estão abandonadas.

Portanto, foi uma escolha fazer essas obras, em vez de fazer o hospital. Foi também uma escolha não

introduzir a questão do avião cargueiro ou do ferryboat. Se no mandato do Dr. Jardim isso era possível, também

foi possível já no mandato de Miguel Albuquerque, quando Passos Coelho ainda estava no Governo. Era

possível, e Miguel Albuquerque, quando fez, no início do seu mandato, uma série de promessas, nomeadamente

as da construção do hospital, do avião cargueiro e do ferry, não disse que ia precisar da ajuda da República. Se

calhar, na altura, responderam-lhe negativamente e agora, que o PS está no Governo, vem com uma série de

reclamações e reivindicações que antes não fazia.

Mas pela forma como, ao longo do tempo, o Sr. Deputado tem vindo a fazer reivindicações, eu até pergunto

se não acha que está a prestar um mau serviço à causa da autonomia. Considerando a história, um pouco triste,

do constante contencioso do Dr. Jardim com a República, penso que seria uma oportunidade para mostrar uma

mudança, caminhando no sentido contrário e não usando os mesmos meios.

Já agora, direi o seguinte: no ano passado, os Srs. Deputados do PSD/Madeira apresentaram uma série de

propostas de alteração ao Orçamento que não foram acompanhadas pelos vossos colegas de bancada, tendo

sido aprovadas apenas porque o PS votou a favor.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Vilhena (PS): — Com certeza, Sr.ª Presidente.

Penso que seria oportuno gastar mais energia convencendo os seus colegas de bancada a, eventualmente,

apoiarem as vossas propostas de alteração do que agora estar com este tipo de discurso.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, pelo CDS, tem a palavra o Sr. Deputado

Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Paulo Neves,

em primeiro lugar, cumprimento-o pela intervenção que fez sobre matérias que nós, CDS, consideramos

importantes relativas à Região Autónoma da Madeira.

Relativamente ao aprofundamento da autonomia e do regime autonómico da Madeira — de resto, estão, na

Região Autónoma da Madeira, a preparar uma revisão do Estatuto Político-Administrativo, nomeadamente com

impacto ao nível fiscal —, gostaria de saber — e é este o primeiro desafio que lanço a V. Ex.ª, não lhe chamaria

pergunta, mas desafio —, como está a decorrer este processo.

Depois de ouvir os Srs. Deputados do Bloco de Esquerda e, sobretudo, o Sr. Deputado Luís Vilhena, do PS,

que, de resto, saúdo pela forma tranquila e serena como fez a sua intervenção, não diria em contraste mas diria

de forma oposta, por exemplo, ao seu colega de bancada Carlos Pereira — e tenho pena de não ter sido o Sr.