25 DE NOVEMBRO DE 2016
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professores no correspondente escalão da carreira docente (CDS-PP), que baixa à 8.ª Comissão; e n.º 548/XIII
(2.ª) — Estação de São Bento (BE), que baixa à 6.ª Comissão.
Sr. Presidente, há também um relatório e parecer da Subcomissão de Ética da Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias que passo a referir.
A solicitação da Procuradoria da República, Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, Processo P.A. n.º
10/2016, a Subcomissão de Ética da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias
decidiu emitir parecer no sentido de autorizar o Sr. Deputado Luís Vilhena (PS), círculo eleitoral da Região
Autónoma da Madeira, a prestar depoimento presencial, como testemunha, no âmbito dos referidos autos.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, está em apreciação o parecer.
Pausa.
Não havendo pedidos de palavra, vamos votá-lo.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Vamos, então, entrar na nossa ordem do dia, que consiste no debate, na especialidade, das propostas de lei
n.os 36/XIII (2.ª) — Aprova as Grandes Opções do Plano para 2017 e 37/XIII (2.ª) — Aprova o Orçamento do
Estado para 2017.
Foi estabelecido, em Conferência de Líderes, que hoje seriam discutidos os artigos 2.º a 108.º da proposta
de lei n.º 37/XIII (2.ª) — Aprova o Orçamento do Estado para 2017.
Vamos iniciar o debate com a discussão do Capítulo I — Disposições Gerais, estando previstas intervenções
de todos os grupos parlamentares.
Em primeiro lugar, para uma intervenção relativa ao Artigo 2.º — Valor reforçado, tem a palavra o Sr.
Deputado João Oliveira, do Grupo Parlamentar do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Ir mais
longe nos avanços que estavam previstos na proposta de Orçamento do Estado e contrariar aspetos negativos
que ela continha foi o que nos propusemos fazer no debate na generalidade e é com essa perspetiva que
intervimos agora, no debate na especialidade.
A ação do PCP foi, de facto, decisiva para que hoje, neste debate na especialidade que se inicia, possamos
estar a discutir novos avanços e respostas mais alargadas à reposição e conquista de direitos. É o caso, por
exemplo, na Administração Pública, da perspetiva de início do processo de descongelamento das carreiras, do
aumento do subsídio de refeição para 11 € mensais ainda durante o ano de 2017, do combate à precariedade
na Administração Pública ou da consolidação da mobilidade dos trabalhadores da Administração Pública.
Também no setor público empresarial a ação do PCP foi decisiva para que estivéssemos, hoje, a discutir a
reposição da contratação coletiva, com a reposição de direitos para os trabalhadores das suas empresas.
A ação do PCP foi ainda decisiva em matéria de pensões, para que, hoje, pudéssemos estar a discutir a
proposta que está em cima da mesa. O PCP não desistiu de discutir o aumento do valor real das pensões, e
essa proposta foi incorporada pelo Governo na proposta inicial do Orçamento do Estado. Mas não desistimos
de discutir um aumento mais alargado no debate na especialidade e, também aí, o Governo deu resposta à
discussão que o PCP iniciou, à ação que o PCP desenvolveu, apresentando uma proposta que não deixa de
considerar uma resposta ao aumento das pensões mínimas. É certo que não corresponde à proposta do PCP,
de aumento de 10 € para todas as pensões, mas temos de valorizar a resposta dada pelo Governo também no
alargamento do aumento das pensões mínimas, porque é importante.
Em matéria de apoio aos pequenos e médios empresários, aos agricultores e aos pescadores, estamos
também a discutir propostas que resultam da ação decisiva do PCP, com propostas concretas que avançam
nesse sentido.
Também no apoio às crianças e às jovens famílias, em particular no abono de família, no alargamento ao 4º
escalão e no alargamento da majoração do abono de família nos primeiros três anos de vida, discutiremos
propostas em que a ação do PCP foi decisiva para que haja também novos avanços a ser discutidos.