I SÉRIE — NÚMERO 24
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Aplausos do PCP e de Deputados do PS.
PSD e CDS apenas trouxeram para o debate do Orçamento a questão da Caixa porque era esse o pretexto
com que mais facilmente podiam desviar a discussão do Orçamento e porque nunca desistiram do seu objetivo
de fundo de forçar a privatização do banco público.
Aplausos do PCP, do BE e de Deputados do PS.
O PCP deixou bem claro que não dançaria ao som dessa música!
Sabendo dos objetivos de PSD e CDS e da necessidade de combater os seus desígnios, da parte do PCP
não deixaremos que neste Orçamento seja esquecido, diminuído ou desvalorizado tudo aquilo que contém de
positivo. Fazemos questão de deixar registados nesta intervenção final os avanços mais significativos que
resultam deste Orçamento do Estado para 2017.
Um dos avanços mais evidentes é o do aumento das pensões. Só quem despreza os reformados e os
pensionistas, só quem não tem em consideração as dificuldades com que vivem milhares de idosos em Portugal
pode desvalorizar o alcance do aumento de pensões que resulta deste Orçamento do Estado.
Este aumento de pensões tem a marca decisiva do PCP. Tem a nossa marca decisiva, porque não nos
conformámos com a atualização automática das pensões do Orçamento de 2016 e lutámos, já nessa altura, por
um aumento do valor real das pensões.
Aplausos do PCP.
Tem a nossa marca decisiva, porque não desistimos de lutar para que o aumento de pensões não
considerasse apenas o valor das pensões mais baixas e tivesse em conta a valorização das carreiras
contributivas, considerando que quem descontou uma vida inteira tem também direito a ter a sua pensão
aumentada. Defendemos essa posição mesmo quando foi atacada com falsos argumentos de injustiça por quem
se limitava a defender aumentos semelhantes aos que PSD e CDS tinham feito.
Este aumento de pensões tem a nossa marca decisiva, porque nos batemos por um aumento de 10 € que
foi tido como critério pelo Governo na proposta inicial que apresentou.
Tem também a nossa marca decisiva na proposta que o Governo acabou por apresentar ainda na
especialidade, de aumento de 6 € para as pensões mínimas, porque o PCP não desistiu de o discutir, mesmo
depois do Orçamento apresentado, e essa insistência deu frutos com a aproximação do Governo às posições
que o PCP defendeu.
Aplausos do PCP.
Neste Orçamento, em matéria de pensões, há, de facto, uma diferença muito significativa. Quando PSD e
CDS tinham a maioria, as propostas que o PCP apresentava de aumentos de pensões ficavam sempre pelo
caminho. Desde que PSD e CDS foram arredados do poder, os reformados e pensionistas começaram a ter
aumentos de pensões.
Para criticar a proposta de aumento de 10 € defendida pelo PCP diz o CDS que estamos longe do tempo em
que o PCP propunha aumentos de 25 €. Dizemos nós que os reformados estão hoje mais perto de o conseguir,
porque em dois anos já vamos quase a meio do caminho.
Aplausos do PCP e de Deputados do PS.
Mas registam-se, ainda, outros importantes avanços no Orçamento do Estado para 2017.
Os trabalhadores da Administração Pública veem aumentado o seu rendimento com o aumento do subsídio
de refeição, que será inicialmente de 0,25 € e passará a 0,50 €, no valor de 11 € mensais.
Os trabalhadores do setor público empresarial veem reposta a contratação coletiva e os direitos
correspondentes, nomeadamente em termos remuneratórios e de progressão nas suas carreiras.