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6 DE JANEIRO DE 2017

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Precisa de muitos mais profissionais, de muito mais investimento em tecnologia, de muito mais investimento em

materiais, de muito mais investimento em infraestruturas e é por isso que precisamos de combater o

subfinanciamento crónico do Serviço Nacional de Saúde. Precisamos de libertar verbas para investir no Serviço

Nacional de Saúde. E aqui entra, por exemplo, a questão das PPP.

Estar a desperdiçar 450 milhões de euros em parcerias público-privadas, sabendo que uma parte

considerável desse dinheiro vai para os bolsos de privados, que nada têm a ver com prestação de cuidados de

saúde, é desperdiçar recursos que fazem falta no Serviço Nacional de Saúde. Por isso dizemos que a única

opção que neste momento deveria estar a ser considerada era a da gestão pública dos hospitais, que, hoje,

estão sob regime de parceria público-privada. É essa gestão que o Bloco de Esquerda defende e é essa que o

Bloco de Esquerda quer…

Protestos do CDS-PP.

… que o Governo aceite já, e não esteja a auscultar mercados, porque, para o Bloco de Esquerda, o mercado

não tem lugar no Serviço Nacional de Saúde. As prestações de saúde têm lugar no Serviço Nacional de Saúde;

o mercado não tem lugar no Serviço Nacional de Saúde!

Sr. Deputado João Ramos, concordamos, como é óbvio, com a necessidade de aprofundar a rotura com

aquilo que foi uma política de corte, de desinvestimento, de troica, de PSD e CDS-PP no Serviço Nacional de

Saúde.

Sabemos bem que é preciso devolver a dignidade aos profissionais, a dignidade aos utentes, investir mais e

melhor no Serviço Nacional de Saúde.

Termino dizendo que concordo quando diz que foram os profissionais que vestiram a camisola do Serviço

Nacional de Saúde que, durante os anos de maior aflição do Governo PSD/CDS-PP, não permitiram a rotura, o

colapso do Serviço Nacional de Saúde. Esses profissionais são aqueles que realmente conseguiram trazer até

aos dias de hoje a prestação de cuidados de saúde com qualidade aos utentes. Não foram as políticas do

anterior Governo, porque essas estavam completamente em contramão com a prestação de cuidados de saúde

que era necessária às populações.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Concluo de imediato, Sr. Presidente.

Foram os profissionais abnegados e com sentido de missão de Serviço Nacional de Saúde que o

conseguiram.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na primeira intervenção de

2017, não quero deixar de desejar ao Sr. Presidente da Assembleia da República, a todos os grupos

parlamentares e a todos Srs. Deputados um bom ano de 2017. Este será, certamente, um ano muito exigente

para todos, um ano com muitos riscos para Portugal e, infelizmente, um ano ainda com muitas dificuldades para

os portugueses.

Como ontem dizia, e bem, a presidente do CDS, começou o ano, mas não acabou a austeridade. E o exemplo

mais claro dessa opção, feita pelo Governo das esquerdas, é o aumento dos impostos sobre os combustíveis.

Em fevereiro de 2016, perante um preço do petróleo, histórica e transitoriamente, baixo, o Governo decidiu

aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos em 0,6 €. Em vez de compensar as famílias, em vez de

compensar as empresas pelos preços elevados dos combustíveis que se tinham verificado no passado, em vez

de dar uma folga às famílias e às empresas, o Governo escolheu sobrecarregar os seus orçamentos, diminuindo

o rendimento disponível e a capacidade de as empresas investirem na economia.

Foi por esta razão que o CDS denunciou este aumento e foi por esta razão que o CDS sempre foi contra esta

sobrecarga fiscal.