O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

18

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ah!…

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E se, hoje, os portugueses estão a pagar mais, quando vão

abastecer a uma bomba de gasolina, isso deve-se a uma opção errada do Partido Socialista, do Partido

Comunista Português e do Bloco de Esquerda, que chumbaram as nossas propostas de eliminar este aumento

de impostos.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Este aumento de impostos pesa sobre as famílias, que precisam do

automóvel na sua vida diária. Este aumento de impostos pesa sobre os transportes públicos, que vão aumentar

1,5%, bastante acima da inflação verificada no ano passado. Este aumento de impostos pesa sobre as

empresas, que precisam de entregar as suas mercadorias, que precisam de receber as suas matérias-primas e

que precisam de transportar os seus trabalhadores.

Sucede que, hoje, em 2017, o preço do petróleo já não está baixo. Hoje, face a janeiro de 2016, a gasolina

custa mais 0,15 € por litro e o gasóleo custa mais 0,22 €. Para um português que ateste o carro com 50 litros de

gasóleo, a fatura fica 11 € mais cara do que há um ano. Para isto, contribui a subida do preço do petróleo, mas

contribui também a subida da carga fiscal sobre os combustíveis, uma das mais elevadas da Europa.

Em cada litro de gasóleo, 56% são impostos e em cada litro de gasolina, 63% do preço vai diretamente para

os cofres do Estado. Infelizmente, as perspetivas para o aumento do preço do petróleo não ficam por aqui. A

previsão de todos os analistas é que, ao longo de 2017, exista uma subida do preço da matéria-prima petróleo

e isso vai pesar sobre o bolso dos portugueses.

Em fevereiro de 2016, o Governo, quando apresentou o aumento do ISP (imposto sobre produtos

petrolíferos), justificou-se dizendo que o fazia com uma perspetiva de neutralidade fiscal, ou seja, que aumentava

o imposto sobre os produtos petrolíferos para tirar aos contribuintes o que estava a perder em receita do IVA

(imposto sobre o valor acrescentado).

Hoje, com este aumento, face ao ano passado, dos impostos ISP e IVA, os portugueses, cada um de nós,

estão a pagar mais 0,9 € por litro de gasolina e mais 0,14 € por litro no gasóleo. Dos 11 € que se estão a pagar

a mais por depósito, 7 € são impostos.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A neutralidade fiscal que o Governo anunciou já não se verifica. Na

portaria de aumento do ISP, o Governo estabelecia como valor de referência sobre o que cobrar 0,88 € por litro

na gasolina e 0,61 € no gasóleo. Hoje, a tributação é de 0,92 € na gasolina e de 0,70 € no gasóleo, ou seja,

mais 0,4 € no preço de referência da gasolina e mais 0,9 € no preço de referência do gasóleo, e o aumento do

ISP, depois das revisões, é de 0,5 € na gasolina e de 0,4 € no gasóleo, o que quer dizer que o Governo passou

da neutralidade fiscal para o saque fiscal aos contribuintes.

Aplausos do CDS-PP.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, já nada justifica a manutenção deste aumento de impostos a não ser

a voracidade fiscal do Governo e a voracidade fiscal de quem suporta o Governo: Partido Socialista, Partido

Comunista, Bloco de Esquerda. E é exatamente por isso que o CDS-PP vai apresentar aqui, no Parlamento,

uma iniciativa para eliminar imediatamente este aumento de impostos, para eliminar o aumento de impostos

sobre os produtos petrolíferos e, dessa forma, proteger as famílias e a economia em Portugal.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, inscreveram-se pedir esclarecimentos quatro Srs. Deputados. Como

deseja responder?