O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 48

8

Mas vamos falar de outra componente essencial do Programa Nacional de Reformas, a que o Sr. Primeiro-

Ministro também se referiu, como a competitividade e o financiamento da nossa economia.

Sr. Primeiro-Ministro, Portugal foi hoje aos mercados. Fizemos uma emissão de dívida de cerca de 630

milhões de euros a cinco anos. Sabe que em agosto pagámos, em condições análogas, 1,8% de juros para uma

emissão de dívida semelhante e hoje pagámos 2,75%,…

O Sr. João Galamba (PS): — O que se terá passado entretanto?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … um acréscimo de mais 47% no custo do juro para a mesma emissão

de dívida.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Querem ver que vai defender a renegociação!?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Colocámos hoje no mercado 550 milhões de euros a sete anos. Em junho,

pagámos 1,84%, hoje pagámos 3,67% — o dobro, mais 100%, Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. João Galamba (PS): — E desde junho só houve duas notícias sobre Portugal. Não acha estranho?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isto quer dizer, Sr. Primeiro-Ministro, que estamos a substituir dívida antiga

por dívida nova, sendo a nova mais cara do que aquela que estamos a substituir.

Aplausos do PSD.

Portanto, isto quer dizer que a trajetória que vínhamos a percorrer de diminuição das nossas taxas de juro

se inverteu, Sr. Primeiro-Ministro, quer dizer dificuldade para o financiamento das empresas, quer dizer

dificuldades para o financiamento do Estado e quer dizer que há um preço a pagar por causa da sua política

económica. O senhor não está preocupado com, isso, Sr. Primeiro-Ministro?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, penso que é prematuro

discorrermos sobre o motivo por que aumentou três décimas o abandono escolar precoce.

Há, porventura, várias razões que o podem explicar e eu poder-lhe-ia dizer já uma, correndo o risco de ser

precipitado: é que como a taxa de desemprego juvenil baixou quatro pontos percentuais, provavelmente, muitos

desses jovens que encontraram lugar no mercado de trabalho deixaram de estar a estudar. Porventura!…

Risos e protestos do PSD.

Há uma segunda explicação possível.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, continue a responder quando achar que há condições.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Há uma segunda explicação possível…

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Primeiro-Ministro.