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I SÉRIE — NÚMERO 51

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últimos 17 anos, e nos empresários, aumentou no comércio, aumentou na indústria, aumentou nos serviços e

aumentou na construção.

Como diz a oposição, todos estes dados mostram que a estratégia não é acertada, não está a resultar e tem

de ser rapidamente alterada, mas essa não é, seguramente, a estratégia do Governo e da maioria que o suporta.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Peço-lhe o favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. João Galamba (PS): — Quem precisa de um plano alternativo, e com urgência — não um plano b, não

um plano c, mas um plano z —, é a oposição, que emigrou da realidade e que se encontra hoje alienada do

País, da experiência e das aspirações dos portugueses. Tendo falhado todas as profecias sobre o défice e o

alegado colapso da economia e da confiança, falhou também em tudo o que disse sobre o mercado de trabalho.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há um ano, acusavam o Governo e a maioria que o suporta de

irrealismo e irresponsabilidade.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, já lhe pedi para concluir.

O Sr. João Galamba (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Diziam que éramos pirómanos, torturadores de números, que lançaríamos o País num abismo, que as contas

públicas entrariam em descalabro e a economia e a confiança iam afundar. E até citavam Churchill, em jeito de

aviso: «Devemos olhar para os factos, porque eles olham para nós.»

Reconheço a pertinência da citação, mas devolvo a sugestão à oposição: Srs. Deputados, olhem para os

factos, aqueles que juravam ser impossíveis, e, como fez a Comissão Europeia, tenham a humildade de

reconhecer que erraram. Não custa muito. Os factos e a realidade agradecem e o País também, porque já tem

um Governo que tem tido resultados, mas que não parece ter uma oposição à altura das circunstâncias.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado João Galamba, a Mesa registou a inscrição de quatro Srs.

Deputados para lhe pedirem esclarecimentos.

Como pretende responder?

O Sr. João Galamba (PS): — Dois a dois, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para formular o primeiro pedido de esclarecimento, a Sr.ª

Deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Galamba, começo por cumprimentá-lo

pela declaração política que proferiu.

O Sr. Deputado veio dizer, com toda a razão — acompanhamo-lo nisso —, que os resultados positivos da

economia se devem a uma inversão de política, para a qual, aliás, o Bloco de Esquerda se orgulha de ter dado

o seu contributo: em vez de se terem prometido devoluções de sobretaxa, acabou-se com a sobretaxa;…

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Acabou-se?!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — … em vez de se terem cortado salários, devolveram-se salários; em vez

de se terem aumentado impostos, baixaram-se impostos; em vez de se terem castigado os mais pobres,

aumentaram-se apoios sociais, respeitou-se o Tribunal Constitucional.

A economia mostra hoje os resultados dessa inversão de política económica e de um País que percebe que

não é empobrecendo que se cresce mais e que, pelo contrário, é tendo mais dignidade, mais salário, mais

rendimento que uma economia pode crescer e ser mais sustentável no futuro.

O Sr. Deputado veio dizer que foi a política de devolução de rendimentos que levou a economia a crescer

para, logo de seguida, se congratular com um défice de 2,1%, que fica 0,9 pontos percentuais abaixo daquilo