I SÉRIE — NÚMERO 53
32
Pausa.
O quadro eletrónico regista 215 presenças, às quais se acrescentam as dos Srs. Deputados Joana Mortágua,
do BE, Carlos Pereira e Pedro Delgado Alves, do PS, e António Costa Silva, do PSD, perfazendo 219 Deputados,
pelo que temos quórum para proceder às votações.
Srs. Deputados, vamos começar pelo voto n.º 226/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Manuela de
Azevedo (PS).
Peço à Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão para proceder à leitura do voto.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No passado dia 10 de fevereiro, faleceu, aos 105 anos, Manuela de Azevedo.
Nascida a 31 de agosto de 1911, em Lisboa, passa a adolescência na Beira Alta, onde faz o curso dos liceus,
chegando a ensinar português e francês num colégio.
Manuela de Azevedo, ainda muito jovem, aventurou-se no mundo do jornalismo, escrevendo artigos e
poemas para jornais locais. Os seus dons literários são reconhecidos e em 1938 recebe um convite para integrar
a redação do jornal República, em Lisboa.
De 1942 a 1945, foi chefe de redação da revista Vida Mundial, tendo posteriormente passado pelas redações
do Diário de Lisboa, onde assinou dezenas de reportagens, muitas delas com carácter social, de O Dia e,
finalmente, do Diário de Notícias, onde ganhou um estatuto ímpar. Pertencem aos anais da história do jornalismo
as suas reportagens sobre os bairros degradados de Lisboa ou as condições de trabalho nos campos de arroz
do vale do Sado.
A sua sensibilidade literária e social, o espírito crítico que manteve até ao final da sua vida, levou-a a
multiplicar os ofícios, chegando a ser crítica de arte e escritora, tendo publicado dezenas de livros de poesia,
contos, novelas, ensaios, biografias, crónicas, romances e peças de teatro.
Em 1985, despediu-se do jornalismo porque, tendo a sua carreira sido feita de caneta na mão, ‘soube que
teria de escrever num computador’, passando a ir mais vezes a Constância, trabalhando em prol da Casa-
Memória de Camões, entidade que ela tinha fundado.
Em 2017, com 105 anos, Manuela de Azevedo, a mais antiga repórter do mundo, continuava ainda a
enriquecer a sua longa vida, trabalhando num novo livro, mostrando bem a marca de determinação e empenho
que caracterizaram toda a sua vida.
A Assembleia da República, reunida em Plenário no dia 17 de fevereiro de 2017, manifesta o seu pesar pelo
falecimento de Manuela de Azevedo e endereça aos seus familiares, amigos e admiradores as suas sentidas
condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, na sequência do voto que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Srs. Deputados, seguem-se os seguintes votos: n.o 220/XIII (2.ª) — De condenação pelo lançamento de um
míssil de médio alcance e a continuação do desenvolvimento do programa nuclear pela Coreia do Norte (PSD),
n.º 223/XIII (2.ª) — De condenação pela tensão na península da Coreia (PCP), n.º 228/XIII (2.ª) — De
condenação pelo lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte (BE), n.º 221/XIII (2.ª) — De
condenação pela continuação do estado de guerra no Leste Europeu (PSD), n.º 224/XIII (2.ª) — De condenação
pelo processo de ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia (PCP), n.º 222/XIII (2.ª) — De congratulação
pelo reconhecimento, pela União Europeia, do Folar de Valpaços como indicação geográfica protegida (PS), n.º
227/XIII (2.ª) — De congratulação pelo reconhecimento, pela União Europeia, do Folar de Valpaços como
indicação geográfica protegida (PSD), n.º 225/XIII (2.ª) — De condenação pelas execuções extrajudiciais e