I SÉRIE — NÚMERO 53
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Sr. Presidente, Srs. Deputados: A República Árabe da Síria e o seu povo têm vindo a ser vítimas de uma
operação de desestabilização e guerra de agressão desde há cerca de seis anos. Na senda das guerras de
agressão e destruição do Iraque e da Líbia, desrespeitando os mais fundamentais direitos do povo sírio e o
direito internacional, esta guerra visa destruir o Estado sírio com o seu posicionamento soberano, independente,
multicultural e pan-árabe.
Trata-se de uma guerra de agressão que tem vindo a ser sustentada por uma ampla campanha de
desinformação e por operações de manipulação de opinião pública que em diversos casos constituem uma
autêntica propaganda de guerra. A exigência que está colocada a todos os que defendem os direitos do povo
sírio e a paz é a corajosa denúncia das campanhas que suportam as ações levadas a cabo pelos grupos
armados e pelos países que apoiam a agressão contra a Síria e o seu povo e a vergonhosa associação ou
conivência com esta.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: A tensa situação na península da Coreia conheceu novos desenvolvimentos
com o anúncio da instalação do sistema antimíssil dos Estados Unidos na República da Coreia e o mais recente
anúncio do reforço do programa nuclear e da realização de um teste de lançamento de um míssil balístico
intercontinental pela República Popular Democrática da Coreia.
A atual situação na península da Coreia tem raízes históricas, designadamente na Guerra da Coreia e na
divisão unilateral deste país imposta pela intervenção militar dos Estados Unidos, que mantêm, desde então,
uma forte presença militar, incluindo de armamento nuclear, nessa região, alimentando uma permanente tensão
que é contrária aos interesses e às aspirações do povo coreano e à reunificação pacífica da sua pátria e que se
insere na perigosa escalada militarista que está em curso na região Ásia-Pacífico.
A solução do conflito da península da Coreia exige passos no sentido do desanuviamento da tensão e o
respeito pelos princípios básicos das relações internacionais, como a soberania dos Estados, a não ingerência
nos assuntos internos, a não ameaça e o não uso da força para dirimir diferendos.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Por tudo isto, com os votos apresentados pelo PCP, reafirmamos a nossa
solidariedade para com os trabalhadores e o povo ucraniano, aos militantes e dirigentes do Partido Comunista
Ucraniano que lutam todos os dias pela paz, pelo bem-estar social, pela soberania e pela independência da
Ucrânia.
Condenamos a guerra de agressão contra a Síria e contra o seu povo. Apoiamos os esforços para a paz,
reclamamos o respeito pelos direitos humanos do povo sírio,…
O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Estou a terminar, Sr. Presidente.
… reclamamos o respeito pela soberania, independência, integridade territorial da República Árabe Síria, no
cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas.
Reafirmamos a urgência da abolição das armas nucleares, de forma simultânea e controlada.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Para intervir, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila, do Grupo Parlamentar
do CDS-PP.
O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Estamos perante votos que
não são novos e que respeitam a matérias que já foram objeto de preocupação e, inclusivamente, de
condenação por parte desta Assembleia da República.
A posição do CDS quanto a estes votos é e sempre foi clara, não mudou desde a última vez que aqui
aprovámos, em janeiro, um voto sobre a situação da Coreia, como também não mudou relativamente aos votos,
que também já aqui aprovámos, sobre a situação na Síria.
Condenamos a violação reiterada dos direitos humanos na Síria, numa guerra que parece não ter fim, em
que os únicos inocentes são a população civil.