11 DE MARÇO DE 2017
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O quadro eletrónico regista 216 presenças, às quais se acrescentam as dos Srs. Deputados Jorge Duarte
Costa, do BE, e Elza Pais, do PS, perfazendo 218 Deputados, pelo que temos quórum para proceder às
votações.
Vamos começar pelo voto n.º 239/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento do antigo Deputado Carlos Manuel
Gonçalves Pereira Pinto (PS).
Peço à Sr.ª Secretária Idália Serrão para proceder à respetiva leitura.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Faleceu, no passado dia 11 de fevereiro, aos 74 anos, Carlos Manuel Gonçalves Pereira Pinto.
Natural da cidade de Chaves, Carlos Pereira Pinto viveu durante duas décadas na cidade de Penafiel, onde
defendeu e promoveu o desenvolvimento concelhio, em particular enquanto membro da Assembleia Municipal
daquele concelho. Radicou-se, posteriormente, na cidade do Porto, à qual ficará também ligado pelos laços da
atividade pública que aí criou.
Foi Deputado à Assembleia da República, em 1985, na IV Legislatura, pelo círculo eleitoral do Porto.
Exerceu, durante vários anos, diversos cargos dirigentes no Partido Socialista, tendo sido Presidente da
Federação Distrital do Porto.
Com excelente capacidade de trabalho, dedicação às causas que defendia e em que acreditava, inabalável
sentido de solidariedade, humanismo e tolerância, Carlos Pereira Pinto preencheu a sua vida com os mais
variados e relevantes serviços ao Partido Socialista, ao País e a Penafiel.
Profissionalmente, assinala-se a passagem pela banca e pelo mundo empresarial, em que colocou a mesma
capacidade e profissionalismo com que marcou a sua profunda e inteira vida cívica.
A sua vida plena será igualmente sentida e recordada pelas inúmeras instituições culturais e recreativas onde
abnegadamente emprestou o seu fortíssimo espírito de serviço.
Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, compartilha a profunda dor e o acentuado
sentido de perda que o desaparecimento de Carlos Pereira Pinto provocou à sua família, amigos e camaradas
e endereça-lhes as mais profundas condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar este o voto de pesar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 243/XIII (2.ª) — De pesar pela morte de 22 meninas na Guatemala
(BE).
Peço ao Sr. Secretário Moisés Ferreira o favor de o ler.
O Sr. Secretário (Moisés Ferreira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No dia 8 de março, 22 meninas morreram num incêndio num centro de acolhimento de menores em Hogar
Seguro Virgen de la Asunción, Guatemala.
A tragédia, onde mais 38 jovens ficaram feridas com queimaduras de segundo e terceiro grau, ocorreu na
sequência de um incêndio quando as jovens realizavam um protesto contra os abusos sexuais e físicos de que
eram vítimas. Escolheram o Dia Internacional das Mulheres para, através de um desesperado pedido de socorro,
denunciarem as violências de que são vítimas no centro que acolhe entre 560 a 600 crianças e de onde no dia
anterior já haviam fugido 60 menores.
Num país que ocupa o terceiro lugar de mortalidade materna na América Latina, em que só no primeiro
semestre de 2016 se registaram 38 759 adolescentes entre os 10 e os 19 anos grávidas e onde a violência
contra as mulheres e as crianças e os abusos sexuais e violações são constantes, resultando na morte de mais
de 700 mulheres e jovens por ano, estas meninas ousaram quebrar o silêncio e enfrentar o medo que habita a
esmagadora maioria das mulheres guatemaltecas numa sociedade profundamente machista, conservadora e
repressiva.