1 DE ABRIL DE 2017
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, encerrámos, assim, o primeiro ponto da ordem
de trabalhos.
Do segundo ponto consta o agendamento, sem tempos atribuídos, de diversíssimos projetos de lei sobre
alteração de limites territoriais e alteração de denominações de freguesias, apresentados pelo PSD, pelo PS e
pelo CDS-PP, que, como compreenderão, não vou enunciar individualmente e que serão votados no período de
votações que se segue.
Vamos, então, passar ao período regimental de votações.
Pedia aos serviços que acionassem o sistema eletrónico para verificação do quórum.
Pausa.
Entretanto, assumiu a presidência o Presidente Ferro Rodrigues.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 200 presenças, às quais se acrescentam três, uma delas a minha
própria, que não consegui inscrever-me — é a primeira vez que isso acontece, mas há sempre uma primeira
vez para tudo —, e a dos Srs. Deputados do PSD Pedro Passos Coelho e Sérgio Azevedo, perfazendo 203
Deputados, pelo que temos quórum de deliberação para proceder às votações.
Srs. Deputados, peço ao Sr. Secretário António Carlos Monteiro o favor de proceder à leitura do voto n.º
264/XIII (2.ª) — De louvor pelo Dia Mundial do Teatro (CDS-PP, PSD, PS, BE e PCP).
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«A 27 de março, por todo o mundo, celebramos o Dia do Teatro. Celebramos os autores e os atores, os
encenadores e os espectadores, as artes do palco e a vontade de entrar nessa assembleia em que, juntos,
temos a experiência do teatro.
Por todo o País, neste dia, em grandes instituições e em pequenas companhias, abrem-se portas, juntam-se
tertúlias, organizam-se conferências e espetáculos. Porque celebrar o Dia Mundial do Teatro é reconhecer a
criatividade e a experiência de transformação, é participar diretamente na História e nas pequenas estórias, é
representar e refletir. Porque, como escreveu Gonçalo M. Tavares, ‘O teatro é, deve ser, um bilhete para mudar
a vida’.
Hoje celebramos esta arte eterna, porque sempre reinventada, como a atriz Isabelle Huppert afirma hoje, na
mensagem oficial da UNESCO para o Dia Mundial do Teatro.
Nesta mensagem, que hoje será lida em palcos por todo o mundo, afirma-se, numa clara homenagem à
história do teatro, que ‘as peças mais contemporâneas são alimentadas pelos séculos passados, os reportórios
mais clássicos tornam-se modernos de cada vez que os encenamos’. E, ainda, que o ‘teatro é muito forte’ e
‘resiste e sobrevive a tudo, à guerra, à censura, à penúria’. E que é nessa ‘capacidade de representar outro’, e
na ‘ausência de ódio’, que temos a possibilidade de criar cidadãos do mundo.
Entre todos os artistas que hoje celebramos, assinalamos especialmente o ator Ruy de Carvalho, que celebra
este mês os seus 90 anos de uma extraordinária vida, 75 dos quais dedicados ao teatro. Ele é a prova viva do
talento, da dedicação, da permanente reinvenção e da entrega a uma arte e ao público português — que o
reconhece como um dos seus maiores. Permanece humilde, dizendo: ‘não preciso de ser grande, não preciso
de ter papéis enormes ou de protagonistas. Preciso é de participar num bom espetáculo’.
A Assembleia da República, reunida em plenário, assinala este Dia Mundial do Teatro e junta-se na
celebração e reconhecimento de todas as artes cénicas.»
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Gostaria de sublinhar que o ator Ruy de Carvalho está presente nas galerias.
Podemos aproveitar para o saudar.
Aplausos gerais, de pé.