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8 DE ABRIL DE 2017

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O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, peço a palavra também para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, ficámos sem saber qual foi a expressão que indignou o Sr.

Deputado Carlos Abreu Amorim. Passou-nos despercebido se houve alguma expressão menos própria.

Porventura, poderia ser «geringonça», mas nós não ouvimos…

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — O Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim pediu novamente a palavra

para uma interpelação à Mesa.

Sr. Deputado, pergunto-lhe se será mesmo necessário usar da palavra, porque, se não for, podíamos

continuar os nossos trabalhos sem mais. Mas, enfim, não lhe posso tirar a palavra.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito obrigado, Sr. Presidente.

Estou convicto de que a pergunta do Sr. Deputado António Filipe é meramente retórica. O Sr. Deputado sabe

perfeitamente que a expressão «cangalhada» tem um intuito, uma conotação pejorativa.

Vozes do PCP: — Oh! Não me diga!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — O Sr. Deputado António Filipe sabe perfeitamente isso, não é

necessário explicar mais.

Vozes do PS, do BE e do PCP: — Oh!…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.as e Srs. Deputados, vamos ultrapassar este incidente. A Mesa

reitera, apenas, o pedido da contenção possível dentro de um debate que tem de ser vivo, que tem de ser

contrastado, enfim, dentro do que é próprio de um debate parlamentar e nos termos próprios, com certeza.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida, do CDS-PP.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Relativamente à

supervisão bancária e aos problemas que ao longo de anos todos fomos detetando, há três maneiras de lidar

com o problema, duas pela negativa e uma pela positiva.

A primeira forma de lidar com este problema pela negativa é negá-lo. Infelizmente, ao longo da História,

várias vezes isso aconteceu e, muitas vezes, aconteceu com os próprios responsáveis máximos deste setor.

Não ignoramos que grande parte dos problemas da supervisão bancária em Portugal começaram com um

Governador do Banco de Portugal que achava que estava tudo bem, o Governador Victor Constâncio, que

esteve na origem de grande parte destes problemas, que os negou até ao fim das suas funções e que foi incapaz

de contribuir, de qualquer forma, para os corrigir.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Há agora uma nova forma de lidar com este problema pela

negativa, novamente protagonizada pelo Partido Socialista, que é dizer que o problema existe, mas que é tão

grande que não se consegue resolver agora. O Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias chegou a dizer «lá mais para

o Natal», ou seja, «até ao fim do ano traremos propostas».

O Sr. Eurico Brilhantes Dias (PS): — A proposta é do Governo!