I SÉRIE — NÚMERO 79
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pelas suas graves e imprevisíveis consequências para a segurança e a paz.». Isto é, tudo o que se passa de
mau no mundo, nomeadamente, na Síria ou no Afeganistão, ou em qualquer outro ponto do globo foi, é e será
sempre a culpa exclusiva das ações belicistas dos EUA. Nem uma palavra sobre Bashar al-Assad, Maduro,
Putin ou equivalentes.
Não poderemos nunca acompanhar esta visão afunilada do Partido Comunista Português de grande
indulgência para com regimes totalitários apelidados (incorretamente) de esquerda ou conhecidos déspotas, e
da consequente demonização dos EUA.
Qualquer posição por nós defendida será sempre em consonância com uma posição assumidamente
ideológica, socialista e de princípio, a favor da liberdade, da democracia e dos direitos humanos,
independentemente do ponto do globo em causa ou do partido que estiver no governo.
As Deputadas do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Wanda Guimarães, Carla Tavares, Francisca
Parreira e Sofia Araújo.
——
Ao abstermo-nos no voto n.º 285/XIII (2.ª) mais não fizemos do que seguir a linha de coerência pela qual nos
temos pautado. Com efeito, não basta referenciar um voto por um apelativo título como o Partido Comunista
Português (PCP) entendeu fazer ao apresentar o seu voto de condenação «Pelo atentado Terrorista em Alepo»,
apelando assim a uma eventualmente fácil aceitação do mesmo. No entanto, e porque em nosso entender os
votos apresentados devem ser sempre vistos como um todo, não podemos por isso ignorar os considerandos
que do mesmo constam. Na verdade, um voto representa uma posição política óbvia pelo conjunto expresso,
quer do contexto em que é elaborado como, por força de razão, pelos considerandos que defende.
Ora, dos considerandos do voto apresentado constam uma série de considerações com as quais não
poderemos, em coerência com os valores que sempre defendemos, aceitar e subscrever. Somos e seremos
sempre contra os atentados terroristas e, bem assim, contra qualquer outra forma de violência, sobretudo
quando as vítimas são civis, e muitas delas crianças, como tem sido reincidência em Alepo, condenando por
isso, de forma veemente, o atentado terrorista ocorrido a 15 de abril de 2017 nas proximidades de Alepo, e que
provocou pelo menos 126 vítimas mortais.
Acresce que estamos e estaremos sempre solidárias como o povo da República Árabe da Síria, que muito
tem sofrido com a ausência de paz no seu país.
Não poderemos, contudo, acompanhar esta visão afunilada do Partido Comunista Português de grande
indulgência sobre regimes totalitários ou conhecidos déspotas, e da consequente demonização dos EUA, a
quem culpam por todos os males do mundo.
Qualquer posição por nós defendida será sempre em consonância com uma posição assumidamente
ideológica, socialista e de princípio, a favor da liberdade, da democracia e dos direitos humanos,
independentemente do ponto do globo em causa ou do partido que estiver no governo.
As Deputadas do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Carla Tavares — Francisca Parreira.
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O PAN rege-se ideologicamente pelo princípio da não-violência, do diálogo e moderação bi/multilateral,
sobretudo em questões geopolíticas que inferem ou podem precipitar uma intervenção externa, nomeadamente
militar, em nações soberanas. Também neste sentido, consideramos, reforçamos e apoiamos a importância do
trabalho metódico e criterioso realizado por instâncias internacionais como a Organização das Nações Unidas,
nomeadamente o Tribunal Internacional de Justiça, na mediação ou mesmo resolução de conflitos e/ou disputas
internas ou externas de nações.
Tendo por base estas premissas e os votos apresentados pelos diversos proponentes relativos aos atentados
de Alepo, à crise social, económica e política venezuelana e ao conflito na Síria, o PAN votou favoravelmente
em todos os pontos, abstendo-se nas primeiras alíneas do voto n.º 283/XIII (2.ª) que repudia as ações de
ingerência e desestabilização política, económica e social contra a República Bolivariana da Venezuela e no