I SÉRIE — NÚMERO 79
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Lei de Acompanhamento, Apreciação e Pronúncia pela Assembleia da República no âmbito do Processo de
Construção da União Europeia.
Desejo a todos um bom fim de semana e até ao 25 de Abril. Sempre!
Está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 41 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa ao voto n.º 280/XIII (2.ª):
O Grupo Parlamentar do PCP começa por reafirmar a sua defesa intransigente de todas as liberdades,
condenando as medidas que atentem contra os direitos, liberdades e garantias e todas as formas de
discriminação, incluindo em função da orientação sexual.
Quanto ao voto em apreço, não tendo sido possível confirmar os factos invocados, o PCP não pode
acompanhar a iniciativa que se funda, como o próprio texto assinala, no que «foi noticiado, em vários órgãos de
comunicação social internacional».
A Deputada do PCP, Carla Cruz.
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Relativas aos votos n.os 283, 284, 285, 287 e 288/XIII (2.ª):
Relativamente ao voto n.º 287/XIII (2.ª), cumpre-me dizer o seguinte:
A situação política, social e económica na Venezuela é preocupante. Portugal, que tem uma enorme
comunidade de portugueses e de lusodescendentes, tem um particular interesse em seguir esta questão.
Considero, no entanto, que as prioridades do País em relação a esta questão da Venezuela devem estar focadas
no apoio à nossa vasta comunidade emigrante. Isso em detrimento de qualquer discurso ou intervenção mais
ideológica. É natural e legítimo qualquer discurso político-ideológico sobre a crise na Venezuela, mas penso
que, tendo uma comunidade tão grande e que enfrenta tantas necessidades básicas e urgentes, as instituições
portuguesas devem focar-se na identificação das melhores práticas de ajuda à nossa comunidade. Devemos
igualmente manter pontes com todos os protagonistas políticos da Venezuela com destaque para o Governo
legítimo da Venezuela mas também com o Parlamento legítimo da Venezuela. Portugal deve defender o «regular
funcionamento das instituições, a separação de poderes e eleições livre e justas». Princípios universais que
também se aplicam, naturalmente, a este caso.
O Deputado do PSD, Paulo Neves.
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1 — Votámos contra na votação a propósito dos n.os 2 e 3 do voto n.º 283/XIII (2.ª), em contraste com a
abstenção do Grupo Parlamentar do PS, por entendermos que em ambos os casos se pretende inculcar a ideia
de que a atual situação interna da Venezuela é motivada por «ingerências e pressões externas» ou por uma
«campanha de ingerência e desestabilização» (que, depreende-se da leitura do texto preambular, proviria dos
Estados Unidos da América). A situação interna da Venezuela resulta inequivocamente do desrespeito dos mais
elementares valores democráticos por alguns agentes políticos venezuelanos.
2 — Abstivemo-nos nas votações dos n.os 2 e 3 do voto n.º 284/XIII (2.ª), diferentemente do voto favorável
do Grupo Parlamentar do PS, por entendermos que aqueles números, embora em si não suscitem uma rejeição
frontal, deviam merecer um sinal de distanciamento porque não podem deixar de ser lidos à luz do n.º 1, que