I SÉRIE — NÚMERO 84
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O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, penso que estamos em condições de passar à verificação do quórum
de deliberação, utilizando o sistema eletrónico para o efeito.
Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não se puderam registar terão de o sinalizar à Mesa, para que
seja considerada a respetiva presença na reunião.
Pausa.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 197 presenças, às quais se acrescentam 8, dos Deputados do
PSD António Ventura e Pedro Passos Coelho, do PS Helena Roseta, João Paulo Correia, Nuno Sá e Porfírio
Silva e do CDS-PP Álvaro Castello-Branco e Ilda Araújo Novo, perfazendo 205 Deputados presentes, pelo que
temos quórum de deliberação.
Começamos pelo voto n.º 292/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Agostinho Domingues (PS).
Peço à Sr.ª Secretária, Deputada Sandra Pontedeira, para proceder à sua leitura.
A Sr.ª Secretária (Sandra Pontedeira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Agostinho Domingues nasceu em 1940, em Santa Maria de Bouro, onde fez os seus primeiros estudos e
frequentou os cinco primeiros anos do ensino secundário nos seminários da Companhia de Jesus. Licenciou-se
em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra, doutorou-se em História Moderna na Faculdade de Letras
do Porto, concluindo o mestrado em Língua e Literatura Portuguesa na Universidade do Minho.
Foi professor do ensino secundário no Liceu Sá de Miranda, em Braga, vice-reitor do antigo Liceu de Barcelos
e inspetor regional para a educação nos distritos de Braga e de Viana do Castelo.
Na sua atividade política, exerceu o cargo de Deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da
República, em vários mandatos, foi vereador da Câmara Municipal de Amares, tendo sido ainda membro da
Comissão Nacional do PS.
Foi colaborador regular dos jornais Correio do Minho e Diário do Minho. No âmbito literário, destacou-se pelo
estudo e investigação que fez das obras de vários escritores, em especial do seu conterrâneo Francisco Sá de
Miranda. Para além da sua vasta intervenção política e literária, o Prof. Agostinho Domingues será também
recordado pelo seu extraordinário desempenho como Mestre e Professor de Português no «seu» Liceu Sá de
Miranda, onde lecionou durante vários anos e a muitas gerações de jovens estudantes de todo o Minho, num
espírito de abertura e participação ativa na aula, que ainda não era usual na época.
A sua intervenção cívica e política sempre foi caracterizada, por um lado, pela exigência do respeito pelos
valores democráticos da seriedade e da integridade e, por outro, por uma tolerância e respeito pelos cidadãos,
sempre na procura das decisões mais justas, mais equilibradas e mais participadas. A sua morte física provoca,
pois, em todos os cidadãos que prezam a democracia, um indisfarçável sentimento de perda, mas o seu exemplo
não será seguramente esquecido, competindo-nos honrar o seu importante legado.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa sentidas e profundas condolências à
família, amigos e a todos quantos o conheceram e estimaram, homenageando o Prof. Agostinho Domingues,
um homem da cultura que se preocupou com os valores da cidadania e que sempre lutou por um mundo mais
justo e mais solidário, honrando a sua terra e o seu país.»
O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr.ª Secretária.
Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 292/XIII (2.ª).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 295/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Nuno Brederode Santos (Presidente da
AR, PSD, PS, CDS-PP, BE, Os Verdes, PAN e PCP), que vai ser lido pela Sr.ª Secretária, Deputada Idália
Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«É com profundo pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento de Nuno Brederode Santos.