25 DE MAIO DE 2017
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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, temos quórum,
pelo que vamos iniciar a sessão.
Eram 15 horas e 3 minutos.
Peço aos Srs. Agentes de autoridade o favor de abrirem as portas das galerias.
Temos, hoje, na ordem do dia, dois pontos de debate, o primeiro dos quais, e fundamental, é o da interpelação
n.º 10/XIII (2.ª) — Sobre política geral, centrada nas condições para o desenvolvimento da produção nacional
(PCP); o segundo ponto, sem tempos para discussão, diz respeito à proposta de resolução n.º 46/XIII (2.ª) —
Aprova o Acordo de Parceria Económica entre a União Europeia e os seus Estados-membros, por um lado, e
os Estados do APE SADC, por outro, assinado em Kasane, em 16 de junho de 2016.
No final dos trabalhos haverá votações regimentais.
Antes de iniciarmos o primeiro ponto, peço ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, o favor de nos dar
conta do expediente, que é vasto.
Tem a palavra, Sr. Secretário.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidas pelo Sr. Presidente, as propostas de lei n.os 83/XIII (2.ª) — Estabelece o estatuto do mediador
de recuperação de empresas, que baixa à 6.ª Comissão, 84/XIII (2.ª) — Aprova o regime extrajudicial de
recuperação de empresas, que baixa, igualmente, à 6.ª Comissão, 85/XIII (2.ª) — Aprova o regime jurídico de
conversão de créditos em capital, que baixa, também, à 6.ª Comissão, 86/XIII (2.ª) — Altera o regime jurídico
de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros de território nacional, e transpõe as Diretivas
2014/36/UE, 2014/66/UE e 2016/801, de 11 de maio, que baixa à 1.ª Comissão, 87/XIII (1.ª) — Altera o
procedimento e processo tributários, que baixa à 5.ª Comissão, 88/XIII (2.ª) — Transpõe parcialmente a Diretiva
2014/91/UE, no que diz respeito às funções dos depositários, às políticas de remuneração e às sanções, que
baixa à 5.ª Comissão, e 89/XIII (2.ª) — Autoriza o Governo a regular o acesso e o exercício da atividade de
intermediário de crédito e da prestação de serviços de consultadoria relativamente a contratos de crédito,
transpondo a Diretiva 2014/17/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de fevereiro de 2014, relativa
aos contratos de crédito aos consumidores para imóveis de habitação, que baixa, também, à 5.ª Comissão; e
proposta de resolução n.º 52/XIII (2.ª) — Aprova o Protocolo Adicional à Convenção do Conselho da Europa
para a Prevenção do Terrorismo, aberto a assinatura em Riga, em 22 de outubro de 2015, que baixa à 2.ª
Comissão.
É tudo, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Vamos, então, iniciar a interpelação n.º 10/XIII (2.ª) — Sobre política geral, centrada
nas condições para o desenvolvimento da produção nacional (PCP).
Para uma intervenção de abertura do debate, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Francisco
Lopes.
O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Um país que
não produza está sujeito à dependência, à desvalorização e ao definhamento. A resposta às necessidades
nacionais tem de ser assegurada pelo próprio país, não se isolando, relacionando-se com os outros, mas tendo
uma sólida capacidade de produção e sustentação.
É isso que tem sido profundamente afetado. Décadas de política de direita, os PEC e o pacto de agressão
com a troica, subscrito por PS, PSD e CDS, e aplicado pelo Governo PSD/CDS, com o entusiasmo e toda a
brutalidade que se conhece, conduziram Portugal à dependência, às injustiças e ao atraso. Os problemas já
existiam mas tornaram-se claramente maiores.
Com a luta dos trabalhadores, foi possível acabar com o Governo PSD/CDS, que dia a dia fazia dos cortes
dos salários e das pensões, da destruição dos direitos sociais e laborais, do ataque aos serviços públicos, da
concentração da riqueza e das injustiças sociais a sua prática.